Vaticano decido por imunização obrigatória

Punições poderão ser impostas a quem se recusar a tomar a vacina — como mudança de função dentro do clero.

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O Vaticano afirmou nesta sexta-feira, 19, que nenhum cardeal ou outro funcionário da Cidade-Estado será dispensado em caso de recusa da vacinação contra o coronavírus. Em nota divulgada à imprensa, autoridades locais negaram o boato sobre demissões, possibilidade que chegou a ser ventilada pela imprensa europeia no decorrer desta semana.

Comunicado assinado pelo cardeal Giuseppe Bertello, presidente da Comissão Pontifícia do Estado da Cidade do Vaticano, defende a imunização voluntária. Contudo, orienta os membros a se vacinarem contra a covid-19.

Em contrapartida, sinaliza que punições poderão ser impostas a quem se recusar a tomar a vacina — como mudança de função dentro do clero.

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“Adoção de medidas que minimizem o perigo em questão”

“A segurança da comunidade pode prever, para quem recusa a vacinação por motivos de saúde, a adoção de medidas que, por um lado, minimizem o perigo em questão e, por outro, permitam encontrar alternativas soluções para a realização do trabalho pelo interessado”, informa, de modo genérico, trecho do conteúdo chancelado por Bertello.

A nota foi divulgada dias após a revelação de um decreto assinado pelo próprio Bertello. Em texto de 8 de fevereiro, ele afirmava que quem não tomasse a vacina contra a covid-19 estaria violando artigo de uma lei do Vaticano de 2011, informa a agência de notícias Lusa. Norma essa que fala em direitos e deveres e o que pode culminar na perda de emprego dentro do território controlado pela Igreja Católica.

Papas vacinados

Enquanto discute-se vacinação contra a covid-19 chega ao Vaticano, os dois papas já estão imunizados. De acordo com o próprio Vaticano, Francisco, de 84 anos, e o emérito Bento XVI, de 93, já receberam a segunda dose do imunizante.

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