O presidente da Tanzânia, John Magufuli, suspendeu o chefe do laboratório nacional de saúde, encarregado pelos exames de coronavírus.
O presidente havia afirmado que os testes importados – que não tiveram sua origem revelada – haviam falhado, pois apontaram resultados positivos ao examinar um bode, um mamão, óleo de carros, entre outras amostras não-humanas também submetidas a exames.
A oposição acusa o governo da Tanzânia de omitir dados e de não levar a pandemia a sério.
Freeman Mbowe, líder do principal partido opositor, o Chadema, acusou John Magufuli de “falta de transparência” sobre a questão do coronavírus.
O presidente respondeu. “Pode ter havido erros técnicos ou os reagentes importados também estão com problemas. Também é provável que os técnicos estejam sendo pagos para enganar”, afirmou em discurso transmitido pela TBC, emissora pública da Tanzânia.
A chefe interina de comunicação do Ministério da Saúde, Catherine Sungura, afirmou que o diretor do laboratório e o gerente de garantia de qualidade foram suspenso para abrir caminho para investigação.
O presidente pediu ao ministro de Assuntos Constitucionais e Jurídicos, Mwigulu Nchemba, que chefie esta vistoria.
Tanzania não decretou isolamento e mantém casos baixos
Algo que vale notar é que, além disso, enquanto a maioria dos países da região apostou no confinamento, a Tanzânia simplesmente fechou as escolas, e tanto o comércio quanto o transporte público continuaram funcionando. A África em si tem níveis baixos de testagem, o que a leva a também apresentar baixos números de casos e mortes por COVID-19, em relação a outras regiões como a Europa, por exemplo.
Fonte: Africa News