Em entrevista coletiva concedida na manhã desta quarta-feira, dia 4 de janeiro, na sede da Divisão Regional de Saúde, o secretário municipal da Saúde, Sandro Scarpelini, comunicou a morte de homem de 52 anos com diagnóstico de febre amarela confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz. Ao esclarecer sobre o histórico deste caso, Scarpelini destacou as medidas preventivas já adotadas e a necessidade de os moradores procurarem uma Unidade de Saúde para a vacinação. Na oportunidade, ele estava acompanhado da diretora do Departamento de Vigilância e Saúde, Luzia Marcia Romagnoli Passos e da diretora do Grupo de Vigilância da regional de Ribeirão Preto, Elizabeth Paganini.
“Embora não haja motivos para alarme, a população precisa se imunizar e colaborar no sentido de evitar criadouros do mosquito Aedes aegypti, que, além da dengue, chikungunya, e zika-vírus, também transmite a febre amarela”, salientou Scarpelini. Há, ainda, espécies silvestres desse mosquito que se procriam em regiões de mata.
A vítima, por exemplo, morava próximo à mata de Santa Teresa, onde vivem muitos macacos, hospedeiros do vírus da febre amarela. Por isso o secretário da Saúde orienta que, ao encontrar um macaco morto, ele seja levado ao bosque que encaminhará para avaliação. No entanto, ele observa a necessidade de preservação da espécie, até como forma de monitoramento da situação. “Eles funcionam como “sentinelas”, observou Sandro Scarpelini.
Sobre esse caso especificamente, a Secretaria da Saúde esclarece que já adotou todas as medidas necessárias, como o bloqueio e nebulização, além de visitas casa a casa para a erradicação de criadouros. “Desde o encontro de um macaco morto na Praça Luiz de Camões, em outubro do ano passado, e outro encaminhado ao bosque, todas as medidas preventivas foram intensificadas”, tranquilizou a diretora do Departamento de Vigilância e Saúde.
Com o registro desse óbito, em 26 de dezembro do ano passado, após quatro dias de internação, a Prefeitura já organiza grandes mutirões de combate ao Aedes aegypti por toda a cidade. O trabalho de combate, embora ininterrupto, será intensificado para prevenir as doenças transmitidas pelo mosquito vetor.
Vacinação – A importância da vacinação foi destacada durante a coletiva, principalmente na população adulta, já que os registros da Secretaria Municipal da Saúde indicam que a população até cinco anos de idade está com 95% de cobertura vacinal. Acima dessa faixa etária, o índice de vacinação precisa aumentar para evitar a propagação da febre amarela.
A rede municipal tem estoque suficiente de vacinas (que imuniza em duas doses) para atender a demanda e pede que os moradores não deixem de procurar uma Unidade de Saúde. São 38 salas de vacinas por toda a cidade.