Geraldo Alckmin vira réu na Lava Jato

“Belém”, “Bolero”, “Meia”, “Pastel” e “Pudim”. Em outro momento, o codinome dele chegou a ser ventilado como “Santo”. E o PSDB DESMORONOU

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Foto Adriana Spaca/Brasil

Réu em processo que investiga os crimes de caixa dois, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Assim pode ser definido Geraldo Alckmin desde o início da noite desta quinta-feira, 30. Isso porque a Justiça Eleitoral de São Paulo acatou denúncia feita pelo Ministério Público paulista.

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De acordo com os procuradores, o ex-governador de São Paulo e candidato do PSDB à presidência da República em 2018 teria recebido mais de R$ 11 milhões em propina financiada pela Odebrecht.

Conforme acusação formulada pelo MP, o montante teria sido parcelado em duas campanhas eleitorais. Primeiramente, em 2010, o tucano teria recebido R$ 2 milhões. Quatro anos mais tarde, a suspeita é de que a empreiteira tenha desembolsado ilegalmente R$ 9,3 milhões.

“Indícios suficientes de materialidade [de crimes“

Alckmin torna-se réu pois o juiz Marco Antonio Martin Vargas, titular da 1ª Zona Eleitoral da capital, entendeu que a denúncia do MP precisa ser apreciada pelo Poder Judiciário.

Em sua decisão, o magistrado afirma, por exemplo, que há “indícios suficientes de materialidade [de crimes]” contra o ex-governador.
Apelidos

Além de ter se tornado réu no âmbito Lava Jato, uma vez que as denúncias são relativas à operação conduzida pela Polícia Federal, Geraldo Alckmin vê seus supostos apelidos junto ao departamento de propina da Odebrecht serem revelados. A denúncia do MP afirma que executivos da empresa se referiam ao político do PSDB como “Belém”, “Bolero”, “Meia”, “Pastel” e “Pudim”. Em outro momento, o codinome dele chegou a ser ventilado como “Santo”.