Fake do G1: “Manifestantes pró-Bolsonaro exibem símbolo usado por neonazistas”

"Essa bandeira rubro-negra é uma bandeira histórica que significa a terra fértil da Ucrânia, com a faixa negra, e [a vermelha] o sangue que ucranianos durante séculos derramaram na luta pela nossa soberania, liberdade e independência"

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foto manifestações

G1/SP

Apoiadores do governo Bolsonaro exibem bandeira preta e vermelha com símbolo que também é usado por grupo de extrema direita ucraniano durante manifestação na Avenida Paulista, região central da cidade

A polícia vai apurar se a presença de bandeiras com símbolos também usados por neonazistas foi o estopim para o confronto entre manifestantes pró-democracia e pró-Bolsonaro, neste domingo (31), na Avenida Paulista, Centro de São Paulo.

Fake deste jornal de propriedade da Globo

Bandeira e símbolo

As bandeiras vistas na Paulista com o símbolo ucraniano, no entanto, não são consideradas neonazistas.

O embaixador da Ucrânia no Brasil, Rostyslav Tronenko, disse que a bandeira usada por manifestantes no protesto na Avenida Paulista, em São Paulo, não é nazista nem fascista, como circula nas redes sociais. O uso do símbolo por alguns manifestantes foi citado como possível causa para o início da confusão que terminou em confronto entre manifestantes e policiais militares na tarde deste domingo (31).

“Essa bandeira rubro-negra é uma bandeira histórica que significa a terra fértil da Ucrânia, com a faixa negra, e [a vermelha] o sangue que ucranianos durante séculos derramaram na luta pela nossa soberania, liberdade e independência”, disse.

O tridente, segundo o embaixador, “é símbolo do príncipe Vladimir, do século 10, que trouxe o cristianismo à Ucrânia e esse tridente significa a santíssima trindade”, disse.

O representante diplomático fez uma breve crítica aos veículos de imprensa que fazem um ataque aos símbolos nacionais sem uma apuração sobre seus significados e pediu que a mídia brasileira tenha um cuidado maior.

– Nós não concordamos com algumas interpretações da mídia brasileira da nossa história e dos nossos símbolos. Pra nós ucranianos esses símbolos são sagrados. Por isso, eu apelo para a mídia brasileira para ver o contexto, o significado verdadeiro desses símbolos e não interpretá-lo deliberadamente assim como fazem as redes sociais – completou.

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