China: Segunda maior economia do mundo sofre com falta de energia

As interrupções no fornecimento de eletricidade local e a energia ficando mais cara também está gerando o receio de inflação

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Apagões e racionamentos de energia, algo não totalmente raro na rotina dos chineses, começaram a se tornar rapidamente comuns no último mês na China, obrigando fábricas a reduzirem a produção, deixando casas temporariamente sem luz e acendendo um grande alerta entre economistas e especialistas do mundo inteiro.

Para muitos, a crise energética que se desenha no país já é grande o suficiente para deixar o crescimento de sua economia menor neste ano — o que, em se tratando de um país do tamanho da China, tem consequências para o mundo inteiro.

As interrupções no fornecimento de eletricidade local e a energia ficando mais cara também está gerando o receio de inflação, tanto dentro quanto fora da China, uma das maiores exportadoras do mundo.

“Como o preço da energia fica mais caro na China, o preço do bem produzido lá também fica mais caro, e isso bate em todos os tipos de produtos”, diz o economista Livio Ribeiro, pesquisador associado da Fundação Getulio Vargas (FGV) especializado no país asiático.

Das 31 províncias da China continental, 16 têm enfrentado um racionamento de energia que afeta uma área que representa dois terços da produção econômica do país. O problema, com certeza, afetará a capacidade de crescimento anual chinês, informou SkyNews. 

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Com a reativação das economias mundiais, houve um salto no preço do carvão, utilizado em larga escala pelo setor industrial chinês. Ademais, algumas restrições de oferta causadas pelo fato de haver menor investimento em minas de carvão durante o última década, agravam problema. Empresas, como a norte-americana Tesla, já sabem que sofrerão com a falta de energia que poderá paralisar as operações na China, informou o The Guardian.

Tudo isso deixou a China com falta de carvão, a obrigando a buscar fontes alternativas de energia, principalmente gás natural liquefeito (GNL), para aquecer residências e manter indústrias. Contudo, o país esbarra no mesmo problema enfrentado pela Europa: participar da concorrência por um produto cuja demanda está altíssima, o que tem feito os preços subirem mais e mais.