O projeto “Conservação e Restauração do acervo do Museu Histórico e de Ordem Geral Plínio Travassos dos Santos”, contemplado no edital nº 18/2018 do Programa de Ação Cultural (ProAC), da Secretaria da Cultura e Economia Criativa de São Paulo, encontra-se em pleno andamento. Os restauradores da AVD Arte & Restauro iniciaram suas ações em fevereiro de 2019, e contemplam a restauração de 86 obras do extenso acervo do Museu Histórico de Ribeirão Preto.
Trata-se da conservação e restauração de pinturas e esculturas que compõem o acervo e melhorias na reserva técnica do Museu Histórico Plinio Travassos dos Santos, localizado no município de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, em um complexo arquitetônico tombado pelo CONDEPHAAT e CONPPAC.
Com 17 mil metros quadrados, abriga também o Museu do Café, local onde era a sede da antiga Fazenda Monte Alegre, que foi, no final do século XIX e início do século XX, uma das mais importantes fazendas de café da região, constituindo-se em um referencial histórico-cultural para a cidade de Ribeirão Preto relacionado a este período histórico.
O apoio a este projeto pela Secretaria da Cultura de Ribeirão Preto concretiza a visão da nova gestão em reverter definitivamente a situação em que se encontram os Museus Histórico e do Café. Além da conclusão das reformas na edificação, que estão em andamento, as melhorias na reserva técnica, a conservação e restauração das principais obras serão suficientes para que a Instituição realize atividades educativas e culturais em suas instalações (“Ateliê Aberto” e Oficina de conservação), exposições, e promova novas pesquisas, principalmente na região de Ribeirão Preto.
Complexo de Museus
O Museu Histórico de Ribeirão Preto tem este nome pois foi idealizado por Plínio Travassos dos Santos. Localiza-se em um complexo que abriga também o Museu do Café, onde funcionou a antiga casa sede da fazenda Monte Alegre de Ribeirão Preto, uma das mais importantes fazendas do Brasil nos tempos áureos da economia cafeeira nacional.
O acervo reunido por Plínio Travassos até 1950, destinado ao Museu Municipal, foi formado com doação dos próprios artistas, no caso de pinturas e esculturas, e outros objetos foram ofertados por instituições, tais como o Museu Paulista, Instituto Butantã, Museu Nacional, instituto de Zoologia do Estado, Instituto Oswaldo Cruz entre outros. Plínio empreendeu uma série de viagens e criou uma rede de contatos junto aos órgãos públicos e instituições de cultura, conseguindo trazer para o museu de Ribeirão Preto peças em doação. Em 28 de março de 1951, o Museu foi aberto com as seções de Artes, História, Etnologia indígena, Zoologia, Geografia e Numismática.
Os Museus Histórico e do Café abrigam um dos mais importantes acervos relacionados ao café, formado por cerca de 3.000 objetos, dentre eles: documentos históricos, fotografias, numismática, etnologia indígena, mineralogia, mobiliário, indumentária, além de obras de arte como pinturas e esculturas de artistas de renome como: Victor Brecheret, Rodolfo Bernardelli, José Pereira Barreto, Tito Bernucci, Oscar Pereira da Silva, J. B. Ferri, Odete Barcelos, Colette Pujol, muitas com temática histórica.