O projeto “História, Tradição e Ginga” dá continuidade as suas atividades nos dias 16 e 17 de outubro, das 18h30 às 22h, na Casa da Cultura (Praça Alto de São Bento, s/n), sede da Secretaria Municipal da Cultura de Ribeirão Preto, com a presença dos mestres de capoeira Camisa e Moraes, e do mestre convidado Pim. O projeto é realizado pela Fundação Cultural Palmares, Ministério da Cultura, Governo Federal e Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, por meio da Secretaria da Cultura.
MESTRE CAMISA
Nasceu em 1956, em Jacobina, Bahia. Iniciou-se em Capoeira na década de 1960. Em Salvador, participava das rodas dos mestres Waldemar e Traíra. Em 1970, foi aluno de Mestre Bimba.
Em 1972, no Rio de Janeiro, ingressou no Grupo Senzala. Em 1988, fundou a Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte-Capoeira, a Abadá-Capoeira. Ganhou título de “Honoris Causa” devido a sua importância como difusor da cultura brasileira, priorizando a capoeira. “A capoeira é uma só: quando bem trabalhada, com responsabilidade e ética, seja Angola ou Regional, é mais uma manifestação brasileira, e deve ser preservada”.
MESTRE MORAES
Nasceu em 1950, na Ilha de Maré, na Bahia. É um notório mestre e difusor da Capoeira Angola pós-Pastinha. Começou a treinar por volta dos oito anos na academia de Mestre Pastinha que, já cego e sem dar aula, passou o controle da academia para seus alunos. Moraes foi aluno de Mestre João Grande, que junto de João Pequeno foram grandes discípulos de Pastinha.
Por volta dos anos 80, na intenção de preservar e transmitir os ensinamentos de seus mestres fundou o GCAP (Grupo de Capoeira Angola Pelourinho), na tentativa de resgatar a filosofia da capoeira em suas raízes africanas, que havia perdido valor para o lado comercial das artes-marciais.
HISTÓRIA
Financiada pela Fundação Palmares, a iniciativa trará para nossa cidade mestres da capoeira de expressão internacional. O projeto está dividido em quatro grandes encontros e será um momento para referenciar a Roda de Capoeira, que conquistou reconhecimento pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, em 2014.
Título este que colabora com a preservação da prática não só no Brasil, mas também no mundo todo. A cada encontro, uma possibilidade de dialogar com os “detentores” deste saber cultural, com diversidades de formação, origens e, especialmente, com uma questão que os une: a importância da capoeira.