Produtores, representantes do setor do agronegócio e conferencistas estão em Ribeirão Preto para participar, entre os dias 3 e 6 de junho, da Conferência Mundial dos Produtores de Açúcar de Beterraba e de Cana (WABCG). A programação tem palestras e visitas técnicas e científicas em propriedades rurais, usinas e entidades de pesquisas para conhecer o trabalho da agroindústria canavieira responsável pela produção de açúcar, etanol e cogeração de energia.
A solenidade oficial de abertura ocorreu na manhã desta terça-feira, dia 4 de junho, com as presenças de Gustavo Rattes de Castro, presidente da WABCG e da Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orplana), Jean Pierre, ex-presidente da WABCG, entidade internacional que representa 30 associações mundiais e 5 milhões de propriedades rurais, e do prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira.
Nogueira destacou o objetivo do evento que é discutir o cenário mundial de duas importantes matérias-primas, beterraba e cana-de-açúcar, para a produção de açúcar. No caso do Brasil, neste momento, o país está mais voltado para a produção de etanol por razões de mercado.
“Nós vamos ter uma safra canavieira um pouco menor do que a do ano passado, de acordo com o último levantamento da Conab, realizado em maio [a previsão é esmagar 615 milhões de toneladas, ou seja, 0,7 % a menos que na safra passada]. Portanto, uma safra mais alcooleira do que açucareira em função dos grandes estoques de açúcar da Índia. Mas tenho certeza que as discussões que ocorreram aqui vão permitir avaliar o cenário mundial, considerando as projeções, os ciclos e os números finais de ambas as atividades agrícolas”, frisou.
Meio Ambiente
Com o tema “Análises do Uso e Ocupação do Solo do Brasil”, Samanta Pineda Duarte Nogueira, advogada da área de Direito Ambiental, mostrou um estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) sobre como o Brasil se tornou um dos maiores produtores de matéria-prima do mundo preservando os recursos naturais.
De acordo com a Empraba, 66,3% das áreas do país estão protegidas, o equivalente a 48 países da Europa. O Brasil tem aumentado os índices de produtividade preservando suas florestas tropicais e biomas naturais, de forma sustentável e com uso da tecnologia.
“Essas informações são mais relevantes aos visitantes de outros países do que a nós brasileiros, porque nós estamos buscando mostrar isso ao mundo de uma forma empírica e muito prática. São muito importantes esses dados, pois demonstram uma nova forma de produzir que precisa ser motivo de orgulho para nós e um diferencial de mercado”, ressaltou Samanta.