COLUNA

InícioColunasRegina RhodriguesPorque o acordo de paz entre Israel, Emirados Árabes e EUA, incomoda...

Porque o acordo de paz entre Israel, Emirados Árabes e EUA, incomoda tanto o Irã

Em 72 anos de existência, Israel só foi reconhecido por duas nações árabes, o que mudou agora, com o anúncio dos Emirados Árabes, para a surpresa do mundo, um acordo de paz.

- continua após a publicidade -

Em 1947 quando a ONU votou pela partilha da Palestina, cerca de 60% do território ficaria com os Judeus, e 40% ficaria com os muçulmanos, no entanto, mais da metade da área destinada aos judeus correspondia ao deserto de Neguev.

Uma área desolada e sem recursos naturais, mesmo assim os judeus aceitaram, mas os árabes se recusaram, e por isto no dia 15/03/1948, apenas um dia após Israel declarar a sua independência o Egito, a Jordânia, a Síria , o Iraque , o Líbano, a Arábia Saudita e o Iêmen, apoiados por uma força expedicionária de árabes , vindos de mais de uma dezena de Países, atacaram o recente criado Estado de Israel, com o objetivo de destrui-lo. Apesar das expectativas, Israel saiu vitorioso desta guerra, iniciando um longo período de tensões entre o mundo árabe e o pequeno Estado de Israel, com nenhuma nação árabe, reconhecendo sua legitimidade.  

Isto só começou a mudar em 1978 com o então o Egito por liderar e perder três grandes guerras com Israel, perdendo neste processo toda península do Sinai,, reconhecendo então o Estado de Israel que devolveu todo território que havia ocupado. 

Israel fez a mesma proposta para a Síria, devolvendo todas as regiões na colina de Golã, mas o ditador da Síria na época, não aceitou.

Em 1994 a Jordânia, aceitou negociar.

Em 72 anos de existência, Israel só foi reconhecido por duas nações árabes, o que mudou agora, com o anúncio dos Emirados Árabes, para a surpresa do mundo, um acordo de paz.

Trump intermediou os acordos de paz, estabelecendo acordos comerciais, relações diplomáticas entre os dois Países.

Com este acordo Israel se comprometeu a não anexar territórios em faixas da Cisjordânia.

Lógico que os palestinos foram pegos de surpresa,  classificando como uma apunhalada nas costas, mas, com os Emirados Árabes afirmando que continuarão a apoiar a Palestina, como um Estado independente.

Trata-se de um acordo histórico.

Irã se incomodou, porque tanto Israel como os Emirados Árabes são dois dos maiores adversários do Irã no oriente Médio.

Com dois dos seus maiores inimigos, normalizando relações diplomáticas a pressão sobre o Irã aumentará.

O Irã tem enfrentado dificuldades na economia desde 2015, diante da pressão com as sanções dos EUA, com anos de má administração econômica e financiamento do terrorismo por parte do regime. Mais de sete milhões de iranianos perderam o emprego ou foram afastados em licença durante a crise do Covid-19.

Os governantes clericais do Irá tentaram impedir o ressurgimento dos protestos antigovernamentais de novembro passado, quando se estima que mais de 1.000 pessoas tenham sido mortas na mais fatal onda de violência nas ruas.

O judiciário Iraniano, afirmou que as sentenças de três homens envolvidos nestas manifestações foram confirmadas, provocando uma onda de protestos online.

“As pessoas estão com raiva. A economia está tão ruim que não podemos sobreviver “, disse um iraniano pedindo para não ser identificado.

O povo Iraniano pede a renúncia de seus líderes políticos.

Já as lideranças culpam diretamente os EUA e Israel pela agitação.

Regina Rhodrigues – com informações de Mundo Militar

Regina Rhodrigues
Regina Rhodrigues
Ativista e estudiosa autodidata nos assuntos da atualidade, envolvendo assuntos diversos. Chefe de cozinha premiada. Natural de Ribeirão Preto, é empresaria na cidade.
- continua após a publicidade -
PUBLICIDADE
[td_block_11 custom_title="Últimas Notícias" limit="10" ajax_pagination="load_more" ajax_pagination_infinite_stop="2"]
PUBLICIDADE