Palácio Rio Branco completa 103 anos

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Completando 103 anos nesta terça-feira, dia 26 de maio, o Palácio Rio Branco festeja não somente uma data comemorativa, mas a assinatura de um termo de cooperação entre a Prefeitura de Ribeirão Preto e o IPCCIC (Instituto Paulista de Cidades Criativas e Identidades Culturais).

Por meio deste documento, o instituto ficará responsável pela curadoria e acompanhamento do projeto executivo.
Participaram presencialmente da cerimônia de assinatura do termo o prefeito Duarte Nogueira e a secretária da Cultura, Isabella Pessoti, e, por videoconferência, a presidente do IPCCIC, Lilian Rodrigues de Oliveira Rosa, representantes do governo municipal, do Instituto e jornalistas.

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De acordo com o documento, as diretrizes para a curadoria do Palácio Rio Branco serão:

Proteção do valor histórico e do significado simbólico para a memória política e administrativa do município, respeito à legislação e às diretrizes para o patrimônio Cultural tombado pelo Condephaat e pelo CONPPAC, observação da relação do Palácio com o contexto do centro histórico do município; Palácio Rio Branco como Paço Municipal (gabinete do chefe do Executivo e do Legislativo).

Para o prefeito, o projeto do Palácio Rio Branco traz de maneira objetiva todo o trabalho que já está sendo pensado para ser executado logo após a entrega do prédio restaurado.

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“Tornar público, de uma maneira mais ampla, a ideia de ocupação do Palácio Rio Branco após a obra de restauro e a saída temporária da prefeitura, enquanto local de decisões executivas do poder público municipal”, disse.

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“Estamos vivendo um momento especial para o restauro e memória e história da cidade. Já começando o restauro de museus e dos nossos teatros, que estão passando por revitalização. E o mais importante deles, do ponto de vista político e simbólico para Ribeirão, é o Palácio Rio Branco, que vai ganhar cuidados especiais, norteados por pessoas que compreendem e vão dizer como deve ser restaurado, ocupado e a forma para manter todo este trabalho”, falou Isabella Pessoti.

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Lilian Rodrigues destacou que o grupo de trabalho é formado por diversos profissionais voltados a um projeto único, que é o restauro e ocupação do Palácio Rio Branco.

“Todos os profissionais pensaram nesta curadoria para dar solidez e segurança na diretriz do projeto de restauro, para que todo o processo seja feito respeitando as características do Palácio, com base científica”, relatou.

História do Palácio Rio Branco

As obras do Palácio Rio Branco foram iniciadas em 3 de agosto de 1915 e a obra ficou pronta em abril de 1917.

O prédio conta com dois pavimentos e um porão, tem 600 metros quadrados de área coberta, totalizando 1.800 metros quadrados de construção.

O estilo de sua fachada é uma transição do barroco para o moderno e foi inspirado nas fachadas arquitetônicas do início do século da França.

O nome escolhido foi uma homenagem ao Barão do Rio Branco, falecido em 1912, que também ganhou um busto na praça que fica em frente ao Palácio. Durante seus anos iniciais, o Palácio foi a sede da Câmara dos Vereadores, da Prefeitura, da Procuradoria e outros órgãos políticos.

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Mas nem só de política o Palácio Rio Branco foi palco.

No início do século 20, o poder conferido aos coronéis do café da cidade, que tinha a maior produção cafeeira do mundo, era exercido no interior dos salões.

Em grandes mesas no Salão Nobre, fazendeiros milionários, muitas vezes nomeados vereadores sem eleição, fechavam negócios e determinavam os destinos econômicos da cidade, do estado e, muitas vezes, do Brasil.

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O Governo Municipal (Câmara e Prefeitura) funcionou conjuntamente no Palácio Rio Branco até 1956, quando a Câmara foi transferida para o antigo prédio da Sociedade Recreativa, na rua Barão do Amazonas, nº 323, onde fica hoje o MARP – Museu de Arte De Ribeirão Preto.

O Palácio Rio Branco tem dois salões que marcaram as grandes decisões da política e economia de Ribeirão Preto, o Salão Rosa, nomeado como Orestes Lopes de Camargo, e o Salão Nobre Antônio Duarte Nogueira. Hoje, estes salões representam a história viva de Ribeirão Preto.

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