Parte da história de cidade e de toda a região, o Mercado Municipal de Ribeirão Preto, mais conhecido como Mercadão, completa nesta sexta-feira, dia 28 de setembro, 118 anos. E para comemorar esta data, uma grande festa foi preparada para a população que passar pelo local.
Tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo), em 1993, como Patrimônio Histórico e considerado um dos pontos turísticos de Ribeirão Preto.
O Mercadão é hoje uma referência de encontro para os ribeirão-pretanos e também para as pessoas que vêm para a cidade. Por lá, passam cerca de 30 mil pessoas por semana, totalizando 1,44 milhão por ano.
As comemorações terão uma série de atividades ao longo do dia, entre elas dança, música e, como não podia faltar, o tradicional parabéns, com um bolo de cinco metros de comprimento e mais de 90 quilos. Também terá pipoca e algodão doce, aferição de pressão e testes de glicose.
Mercado Municipal
Começou a ser construído em 1899. Inaugurado em 1900, o prédio do Mercadão está localizado no quadrilátero entre as ruas São Sebastião, José Bonifácio, Américo Brasiliense e avenida Jerônimo Gonçalves. Já na época de sua construção possuía uma arquitetura grandiosa. Alto, cobertura envidraçada, feito de tijolos de barro, o prédio original do Mercado Municipal difere muito do Mercado Municipal de hoje. Assim que passou a funcionar, tornou-se um marco para a cidade, quando abastecia muitas famílias de todas as classes sociais do município e da região.
No Mercado Municipal sempre se encontrou de quase tudo, alimentos, suprimentos, calçados, roupas, tecidos e até ferramentas. Durante oito anos o grupo Folena & Cia, concessionário do imóvel, explorou o local, até que a Prefeitura, indenizando o grupo em “120 contos de reis”, tomou posse do imóvel.
Reconstrução
O antigo prédio foi atingido pelas enchentes, características da cidade, mas em 07 outubro de 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, um curto circuito foi o motivo do grande incêndio que destruiu o prédio, tornando-o inabitável.
Comerciantes que atuavam no Mercado viram-se obrigados a mudar para barracas na avenida Francisco Junqueira. O mau cheiro e a falta de higiene eram constantes e, por isso, foram obrigados a desativar seus comércios por falta de espaço adequado ao tipo de serviço.
Em 1956, surgiu a proposta da construção de um novo Mercado Municipal. Após 16 anos da tragédia, o então prefeito, Costábile Romano inaugurou o prédio. A partir do dia 28 de setembro de 1958 o novo prédio do Mercado Municipal retomou impulso econômico e até hoje se mantém, apesar de desgastado e envelhecido.
Projetado pelo engenheiro Jaime Zeiger, o novo prédio passou a exibir uma arquitetura moderna, inovadora para a época. Com 4.150 metros quadrados divididos por um corredor principal, cinco corredores secundários, a parte externa, revestida por pastilhas foi presenteada com a obra do artista Bassano Vaccarini. Na década de 90, o Mercado Municipal passa a ser responsabilidade da Coderp.