Uber inicia testes de gravação de vídeo em Ribeirão Preto

Piloto permitirá aos parceiros gravar imagens de todas as viagens e tem o objetivo de avaliar o impacto da tecnologia na segurança

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A Uber anunciou esta semana que deu início a um piloto de gravação de vídeo durante viagens com o aplicativo em Ribeirão Preto.

O recurso, disponibilizado por meio de um app parceiro, permitirá que os motoristas usem a própria câmera do celular para, quando assim desejarem, gravar todas as viagens realizadas com a Uber. Ribeirão Preto é a segunda cidade do Brasil a receber os testes. Em fevereiro, a ferramenta começou a ser utilizada em Aracaju (SE). Ainda em março, também será lançada em Campo Grande (MS), Natal (RN) e Maceió (AL).

A filmagem via telefone está sendo testada como uma alternativa, escalável e sem custo, para o registro das viagens com imagens pelos motoristas parceiros. Se implementada, a solução estará disponível a qualquer um que queira dirigir com o app, em qualquer lugar.

“Desde que a Uber definiu, em âmbito global, segurança como sua prioridade, temos continuamente buscado testar novas tecnologias que nos ajudem a avançar nesse tema”, explica a diretora-geral da Uber no Brasil, Claudia Woods.

“Queremos entender se essa tecnologia de gravação de imagens pode contribuir para que motoristas parceiros e usuários tenham ainda mais tranquilidade para continuar usando a Uber, claro que sempre respeitando as normas de privacidade”.

Foto de um celular com o Uber aberto.
Foto: Reprodução / Uber

O piloto começou com um grupo reduzido e será aos poucos expandido até chegar a todos os motoristas parceiros de Ribeirão Preto.

Os parceiros podem escolher participar ou deixar esse piloto a qualquer momento. Os usuários conectados aos motoristas participantes do teste também são informados que sua viagem pode estar sendo gravada, para que possam optar por cancelar e buscar outro parceiro, se assim preferirem. A iniciativa passou pela chancela do time de Privacidade da Uber, para assegurar o cumprimento de todas as regras previstas na legislação aplicável em termos de proteção de dados.

Assim como já ocorre no recurso de gravação de áudio, lançado em âmbito nacional recentemente, a gravação de vídeo também permanecerá criptografada no celular, sem que ninguém possa acessá-la – nem o próprio motorista, que não possui a chave da criptografia.


Quando o motorista parceiro enviar o arquivo (via wi-fi ou rede móvel), ele ficará armazenado com a empresa parceira, que terá acesso apenas às informações básicas do parceiro e data/horário da gravação (mas sem qualquer dado sobre usuários, pontos de embarque e desembarque, etc).

Se, mais tarde, o parceiro decidir abrir uma reclamação de segurança, ele terá a opção de adicionar o vídeo em questão. Só então a Uber – que tem a chave da criptografia – terá acesso às imagens. Além do chamado aberto pelo próprio parceiro para solicitar uma investigação à Uber, só as autoridades competentes podem solicitar acesso às imagens para a Uber, na forma da lei.