Telegramas da embaixada brasileira em Cuba reconstituem a negociação com o Brasil para a criação do Mais Médicos. Classificados como reservados e mantidos em sigilo por cinco anos, eles mudam parte da história oficial contada aos brasileiros.
Mostram, por exemplo, que o programa foi proposto por Cuba e já para gerar renda a ilha de Fidel, e a preocupação com a população brasileira não era o motivo real para o contrato.
As autoridades cubanas exigiram que toda avaliação dos médicos fosse feita em Cuba.
As negociações foram sigilosas para evitar reações da classe médica. Foi nesses encontros que Cuba fez as exigências criticadas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e cuja possibilidade de reversão fez com que Cuba anunciasse a saída do programa.