Psicóloga explica como lidar com crianças e idosos em época de coronavírus

Leidiane Martinez, da Core Psicologia, indica tirar o foco das notícias e procurar maneiras alternativas de distração

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O distanciamento social instituído como medida de contenção da pandemia de coronavírus está mexendo com o psicológico de muitas pessoas mundo à fora,  independente se são crianças, adultos ou idosos.

A avalanche de informações compartilhadas por veículos de comunicação e redes sociais acabam causado pânico e a incerteza gera sentimentos como depressão, estresse e angústia.

A psicóloga Leidiane Martinez, da CORE Psicologia, lembra que as medidas de isolamento são necessárias e que é preciso ficar atento aos sentimentos.

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“Estar isolado é um ato de civilidade para proteção de outras pessoas, principalmente, crianças e idosos. Entretanto, elas causam desconforto emocional quando pensamos em isolamento social e quarentena. As pessoas em confinamento precisam identificar quais são os seus sentimentos, quais são os pensamentos que estão causando esse desconforto”, ressalta.

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A indicação da psicóloga é tirar o foco da notícia.

“O indicado no momento é que todos mantenham a calma e se atentem às orientações da Organização Mundial da Saúde, evitando cair em notícias falsas. Lembrando que, quanto mais escutamos, quanto mais estamos conectados às notícias, mais sujeitos ao desconforto. Quanto mais notícias, mais angústia, mais aflição”, diz.

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Para quem está com criança em casa, a dica é encontrar meios de distração.

“Ao dialogar com os pequenos, os pais devem utilizar de uma linguagem fácil para explicar sobre o problema que está ocorrendo e procurar formas de entretenimento. Os pais podem aproveitar que muitos artistas estão promovendo shows online, momentos de interação nas mídias sociais, e passar mais tempo junto com as crianças. A arte tem função terapêutica”, lembra.

Em relação as pessoas idosas, Leidiane Martinez é enfática “É importante não mentir, nem omitir nenhuma informação dessas pessoas. É preciso, entretanto, ser cauteloso no esclarecimentos de dúvidas, pois, em sua maioria, os idosos sentem a necessidade de confiar em adultos mais jovem”, enfatiza. “É um momento em que a família precisa distrair o idoso, convidá-lo para praticar atividades como cozinhar, assistir um filme, para mantê-lo longe de pensamentos negativos”.

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A profissional enfatiza ainda que neste momento de incertezas, crianças, adultos e idosos precisam entender que o medo e inevitável.

“É uma função normal e nos preserva dos riscos. É por causa do medo que tomamos as devidas precauções e nos mantemos o máximo possível de riscos”, finaliza.