NOVA TÉCNICA DE MICROCIRURGIA LINFÁTICA TRAZ SENSÍVEL MELHORA NA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES

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Uma nova técnica cirúrgica, disponível no Brasil há menos de dois anos, vem trazendo significativa melhora na qualidade de vida de pacientes que passam pelo esvaziamento de gânglios e ficam assim expostos ao linfedema, o indesejável e incômodo inchaço de braços e pernas. A microcirurgia dos linfáticos, normalmente realizada de maneira profilática simultaneamente ao procedimento de retirada do tumor e esvaziamento dos gânglios, já é uma realidade no Hospital Especializado de Ribeirão Preto, um dos dois centros médicos do país que dominam e utilizam a técnica.

Os linfáticos são pequenos vasos que possuem a função de transportar linfa pelos gânglios ou linfonodos. O sistema filtra proteínas, líquidos e substâncias do sangue para dentro dos vasos linfáticos, assim como ajuda o organismo a se defender contra infecções. A pessoa com doença linfática tem uma menor circulação da linfa pelo corpo, que fica acumulada debaixo da pele causando o linfedema. As principais causas são de origem congênita, infecciosa e cancerígena, sendo esta última em número crescente em razão principalmente do envelhecimento da população.

No caso do câncer de mama, o mais comum entre as mulheres, a reconstrução linfática permite o transplante microcirúrgico de retalhos de área das regiões inguinal ou do pescoço contendo veia, artéria e gânglios ou vasos linfáticos para a região da axila.

“O procedimento reestabelece as conexões e o funcionamento do sistema linfático interrompido com o esvaziamento terapêutico realizado durante a extração parcial ou total da mama”, afirma Daniel Lazo, microcirurgião e diretor do Hospital Especializado.

Essa cirurgia, com duração média de 3 a 5 horas, é realizada com equipes multidisciplinares incluindo o cirurgião oncologista e o microcirurgião responsável pela reconstrução dos linfáticos. Desta maneira, o paciente que desenvolveria o linfedema com 100% de certeza se previne dos inchaços e ganha a possibilidade de recuperar-se com o seu sistema linfático funcionando, mesmo após a retirada dos gânglios suspeitos de conterem células cancerígenas.

“Trata-se de mais um importante avanço da medicina em benefício do paciente no tratamento de doenças que ainda vão afetar a humanidade nas próximas décadas”, conclui Daniel Lazo.

Fundado em 2004, o Hospital Especializado (www.hospitalespecializado.com.br) e sua equipe multidisciplinar de cirurgiões plásticos, ortopedistas, cirurgiões da mão, microcirurgiões e cirurgiões de câncer, têm trabalhado em conjunto atingindo resultados significativos do ponto de vista funcional e estético. Transformou-se rapidamente num dos poucos centros médicos do país a atuar em áreas de alta complexidade, consolidando-se também como referência em toda a região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo e do Brasil.