O governo de São Paulo prorrogou a quarentena no estado até o dia 16 de dezembro. A medida tinha sido anunciada em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (16) e foi publicada no Diário Oficial desta terça (17).
Apesar dos avanços nas flexibilizações, desde março a quarentena é mantida e foi sendo prorrogada pela gestão estadual.
Em coletiva de imprensa desta segunda, o governo de São Paulo admitiu que ocorre um aumento nas internações por Covid-19 no estado.
Na última semana epidemiológica, que vai do dia 8 ao dia 14 de novembro, as internações de casos suspeitos e confirmados da doença cresceram 18% em relação à semana anterior: a média diária das novas internações subiu de 859 para 1.009.
Nesta segunda-feira, o estado chegou a 40.576 mortes por coronavírus no total e 1.169.377 casos confirmados da doença desde o início da pandemia. O total de casos novos por semana, que estava em queda, ficou estável no estado de SP em relação à semana anterior.
O Plano São Paulo, que regulamenta os estágios da quarentena nas diversas regiões do estado, estabelecendo medidas mais duras ou leves de acordo com os indicadores de saúde de cada local, não será atualizado nesta semana.
Segundo o secretário de saúde estadual, Jean Gorinchteyn, se os indicadores de saúde continuarem a crescer, medidas mais restritivas na quarentena poderão ser adotadas.
“Se nós tivermos índices aumentados, seguramente, medidas muito mais austeras e restritivas serão realizadas no sentido de continuarmos a garantir vidas. É assim que o faremos”, afirma Jean.
Já o governador João Doria (PSDB), afirma que a reclassificação da quarentena foi adiada por “cautela”.
“A falta de informações sobre casos e óbitos durante 6 dias da semana passada, causada por uma pane no sistema do ministério da saúde […] afetou a normalização dos dados em todo o Brasil, e aqui em São Paulo em especial. Por esta razão, estamos adiando a atualização do Plano São Paulo para o dia 30 de novembro. É uma medida de cautela e que demonstra a nossa responsabilidade em não alterar a qualificação dos estados sem ter todos os indicadores disponíveis”, diz Doria.