O anuncio foi feito na manhã de hoje, sexta-feira (2).
Por meio de nota, a empresa comunicou que, dentro do seu plano de otimização da capacidade instalada, colocará em hibernação a unidade e todos os funcionários serão demitidos.
A medida foi tomada em um momento em que é necessário reduzir custos, centralizar atividades e buscar ter equilíbrio nos custos e despesas.
“A hibernação da unidade em nada afetará a operação das demais fábricas e esperamos que em breve possamos retomar em regime normal as atividades de Sertãozinho, visando atender a uma reação do mercado com novos investimentos”, informou.
Além disso, a Dedini reiterou a credibilidade e compromisso quanto à entrega dos produtos e serviços contratados, bem como a qualidade e prazo acordados.
A Dedini demitiu nesta sexta-feira, 2, os 100 funcionários que ainda trabalhavam na unidade de Sertãozinho (SP) da companhia e fechou as portas da fábrica que chegou a ter 3 mil metalúrgicos.
A indústria de bens de capital está em recuperação judicial e, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do município do interior paulista, nenhuma justificativa foi dada para o encerramento das atividades e sequer houve formalização das demissões.
A companhia, que tem sede em Piracicaba (SP), já foi a maior empresa de base do País para a produção completa de usinas de açúcar e etanol. Nenhum representante da Dedini foi localizado na noite desta sexta.
“Os responsáveis pela Dedini simplesmente chegaram e mandaram todos os funcionários embora, afirmando que a empresa estava fechando suas portas. Isso sem dar nenhuma satisfação, e muito menos respeitar a assembleia marcada pela Justiça para o próximo dia 19 com os credores da recuperação judicial”, informou Samuel Marqueti, presidente do sindicato, que irá recorrer ao Ministério Público e ao Ministério do Trabalho.
Marqueti informou ainda que uma assembleia será realizada na próxima sexta-feira, dia 9 de setembro, às 9h, em frente à unidade da Dedini. Durante a próxima semana haverá reuniões com os funcionários demitidos, disse, também, o sindicalista.