Nesta segunda-feira, dia 20, Sertãozinho deu mais um importante passo na atenção em saúde ao formalizar a disponibilização do soro antiescorpiônico em sua UPA (Unidade de Pronto Atendimento “Dr. Pedro Thomé Francisco dos Reis”).
De acordo com a Divisão de Vigilância Epidemiológica do município, seguindo protocolos médicos, o antídoto será utilizado em casos graves e/ou moderados de acidentes com escorpiões.
Ainda conforme o setor, a grande maioria dos casos se apresenta no grau leve, com dor local de intensidade variável e parestesia, que pode ser alguma dormência ou queimação na área da picada. Nesses casos, além de monitorar o paciente no serviço de saúde, o tratamento é feito com analgésicos para diminuir a dor, além de compressas com água morna. Os casos moderados e graves têm menor ocorrência na cidade. No ano passado, por exemplo, foram registradas 89 ocorrências de acidentes com escorpiões; dessas, 6 se apresentaram como moderadas e outras 6 como graves.
Além de realizar o atendimento aos pacientes de Sertãozinho e Cruz das Posses, a UPA do município também se tornou referência para os acidentes graves e moderados com escorpiões registrados nas cidades de Barrinha, Pitangueiras e Pontal. A Vigilância Epidemiológica aponta que a média de acidentes graves/moderados no município é de 1 acidente por mês; porém, como a UPA absorverá a demanda dessas outras três cidades, estima-se que a média de atendimentos mensais desses tipos de acidentes será de 3 casos.
Nas últimas semanas, antes que o soro fosse efetivamente disponibilizado na UPA, a Vigilância Epidemiológica realizou um treinamento para capacitar profissionais médicos e enfermeiros das redes pública e privada.
É importante destacar que, mesmo com a disponibilização do soro em Sertãozinho, o HC continuará com atendimento de portas abertas a todos os municípios da região, quando ocorrer a necessidade.
Acidente com escorpião: como proceder?
Quem reside em Sertãozinho ou Cruz das Posses e necessitar de atendimento por acidente com escorpião, deve saber que:
– Casos leves (quando o paciente apresentar apenas dor local, dormência ou queimação da área afetada): pacientes SUS devem procurar o plantão da UBS mais próxima ou a UPA para tratamento. Os pacientes de convênios podem procurar os pronto atendimentos de seus serviços de saúde.
– Casos moderados (além da dor local, há ocorrência de vômitos, e pode ocorrer sudorese, hipersalivação, aumento da pressão arterial, aumento ou diminuição da frequência cardíaca, aceleração do ritmo respiratório e/ou agitação): independente de ser paciente SUS ou convênio, o primeiro atendimento deve ser realizado preferencialmente na UPA, para verificação da necessidade de aplicação do soro antiescorpiônico.
– Casos graves (apresentação de náuseas e vômitos em abundância, hipersalivação, sudorese intensa, diminuição da temperatura corporal, alteração nos ritmos cardíaco ou respiratório, aumento ou queda da pressão arterial, agitação intensa, sonolência e/ou torpor): independente de ser paciente SUS ou convênio, o atendimento imediato deve ser realizado na UPA, para verificação do estado geral do paciente e aplicação do soro antiescorpiônico.
Os casos graves podem ser fatais, pois podem evoluir para insuficiência cardíaca, edema pulmonar, choque cardiogênico e óbito.
IMPORTANTE: crianças até 10 anos devem ser encaminhadas diretamente para a UPA, independente dos sintomas, tendo em vista a possibilidade de agravamento do quadro nessa faixa etária.