Pandemia é usada por criminosos para invadir celulares e computadores

hackers disseminam programas e aplicativos maliciosos aos usuários de celulares e computadores. Todo cuidado é pouco.

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Com as pessoas em casa, devido às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a prevenção da Covid-19, está havendo um uso mais intenso da internet. Desse modo, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Sertãozinho vem alertar a população sobre o aumento de crimes virtuais, nos quais hackers disseminam programas e aplicativos maliciosos aos usuários de celulares e computadores.

Geralmente, esses programas infectam o dispositivo (celular ou computador) quando o usuário da internet clica em um link falso, que, na verdade, serve para extrair dados pessoais e financeiros, senhas, ocultar arquivos do usuário, exigir resgate, entre outros malefícios.

Alguns golpes se aproveitam de informações verdadeiras, como o auxílio emergencial ao cidadão do Governo Federal, com link que direciona a um formulário falso que, uma vez preenchido, promete o benefício. A finalidade, porém, é a de roubar informações dos usuários.

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O Procon de Sertãozinho adverte que, diante da situação atual, esse tipo de golpe tende a se alastrar ainda mais nos próximos meses. Portanto, Murilane Otaviano, coordenadora do órgão de defesa ao consumidor, pede atenção redobrada a esse tipo de mensagens e aconselha pesquisar na internet para checar se a informação está sendo divulgada em meios de comunicação confiáveis.

“No caso de mensagens de assuntos do governo, como benefícios sociais e assuntos de saúde pública, o indicado é procurar a informação nos sites oficiais”, aconselha Murilane.

Confira algumas dicas da Escola Nacional de Defesa do Consumidor (ENDC) com medidas simples para se proteger contra isso:

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Instale programas ou aplicativos apenas de fonte confiável e oficial;
Desconfie se a instalação pedir acesso à câmera, arquivos e microfone, a não ser que isso seja muito específico do tipo de aplicação a ser instalada;
Faça uma verificação prévia do arquivo de instalação com um antivírus;
Não clique em links (endereço de acesso via internet) recebidos em redes sociais, e-mail ou SMS, pois podem conter programas maliciosos;
Atualize seu sistema operacional, seja Windows, Android ou outro, com a versão mais recente;
Utilize um antivírus online, como o VirusTotal (virustotal.com), caso já não possua um no seu computador.

Além disso, Murilane recomenda desconfiar de informações sensacionalistas e de postagens em redes sociais com ofertas de produtos com preços muito abaixo do valor de mercado. “É sempre bom entrar diretamente no site oficial da loja e pesquisar a oferta para confirmar se é verdadeira. Duvide também de mensagens que ofereçam brindes, prêmios ou benefícios”, sugere a coordenadora do Procon de Sertãozinho.

Há em vigor no Brasil leis que tipificam como crime a invasão de computadores e celulares e disseminação de vírus ou códigos para roubo de senhas, entre outros. A Lei dos Crimes Cibernéticos, nº 12.737 de 2012, conhecida como Lei Carolina Dieckmann, prevê prisão de três meses a um ano e multa para o crime de invasão de dispositivo informático. Já o Marco Civil da Internet, que é a lei 12.965 de 2014, regula os direitos e deveres dos internautas, protegendo dados pessoais e a privacidade dos usuários.

Caso você tenha caído em algum golpe na internet, faça um boletim de ocorrência na Polícia Civil.