Apenas 20 km do centro de Ribeirão Preto, e na contramão das cidades da região que decretaram fechamento das atividades, Sertãozinho optou por manter comércio e serviços abertos com 30% da capacidade de atendimento.
POR ENQUANTO, SERTÃOZINHO NÃO ADOTARÁ LOCKDOWN. MAS TOMARÁ MEDIDAS MAIS RESTRITIVAS
Assim como previsto na fase de transição do Plano São Paulo, Sertãozinho permite que lojas, academias, salões de beleza e restaurantes, por exemplo, operem até 21h.
Segundo a secretária adjunta de Saúde, Soraia Stella, a decisão foi tomada após uma reunião realizada na quarta-feira (26) com representantes de supermercados e da sociedade civil, metalúrgicos e comerciantes.
A representante da pasta ressaltou que é necessária uma conscientização por parte da população.
De acordo com a última atualização, Sertãozinho contabiliza 16.564 casos positivos da doença e 365 óbitos.
No período da manhã desra quarta-feira, o prefeito de Sertãozinho, Dr. Wilsinho, esteve na cidade de Pradópolis se reunindo com prefeitos de 10 cidades da região.
No período da tarde, reuniu-se com entidades e sociedade civil no auditório da Santa Casa do município. Em ambos os compromissos, a pauta foi única: uma avaliação sobre a situação do município frente à pandemia de Covid-19 e a possibilidade de lockdown, assim como fora decretado em Ribeirão Preto.
Após amplo debate e também avaliação do Comitê Técnico de Covid-19, neste momento, optou-se por não aderir ao fechamento total das atividades.
“Os prefeitos das 10 cidades assumiram esse compromisso de não fechar agora, mas continuar reavaliando a situação diariamente”, explicou Dr. Wilsinho. E completou: “na reunião que tivemos na Santa Casa, os representantes da sociedade civil também concordaram com o posicionamento. Porém, é importante ressaltar que, se não houver conscientização muito maior de todos, o fechamento total será necessário”.
Na reunião realizada no auditório da Santa Casa de Sertãozinho, estiveram presentes representantes da Câmara Municipal (presidente Edna Costa e líder de governo Babá da Farmácia), da Associação Comercial, do Ceise BR, do Sindicato das Indústrias, da Associação Paulista de Supermercados, das secretarias de Saúde, de Governo, de Desenvolvimento Econômico, de Segurança Pública e Trânsito, da Casa Civil, da Guarda Civil Municipal, da Santa Casa, além do Comitê Técnico. Novas medidas de restrição serão reavaliadas diariamente pela Prefeitura Municipal.
Porém, neste momento, o mais importante é a colaboração de toda a população para que a saúde pública municipal não fique mais preocupante.
“Hoje temos internados, inclusive em estado grave e até mortes, uma faixa etária atípica, entre 20 e 40 anos. Medicamentos para tratamento estão cada vez mais escassos, não se encontra pra comprar. Cada um de nós precisa fazer a sua parte e ficar em casa”, informou a administradora da Santa Casa, Rita Montenegro.