“Um marco na história de Ribeirão Preto. Pela primeira vez, há uma solenidade no Palácio do Rio Branco, com a presença de um prefeito, para o movimento LGBT da cidade”, declarou Fábio de Jesus, presidente do Conselho Municipal de Atenção à Diversidade Sexual, durante o lançamento da 14ª Parada LGBT e do Dia Internacional da Luta Contra LGBTFobia, no Palácio do Rio Branco.
O evento aconteceu na manhã desta quinta-feira, 17 de maio, e reuniu o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, o vice-prefeito e secretário de Assistência Social, Carlos Cezar Barbosa, Letícia Duarte Hernandez, Coordenadora da Comissão da Diversidade Sexual e Gênero da OAB, e a juíza Carolina Gama.
No ano passado, em julho, o prefeito Duarte Nogueira sancionou a Lei estabelecendo a criação da data de 28 de junho como comemorativa ao “Dia Mundial de Conscientização da Cidadania LGBT”.
O prefeito informou, durante a solenidade, que em 2017, 445 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais foram mortos em crimes motivados por homofobia. O número representa uma vítima a cada 19 horas. “Precisamos romper a intolerância, a falta de respeito. Tudo aquilo que não compreendemos e explicamos, nos fechamos para isso e passamos a combater. Isso agrava a intolerância. Devemos tratar com a maior naturalidade e institucionalizar as mudanças para que aqueles que convivem em uma sociedade sejam respeitosos em relação às diferenças que sempre vão existir”, disse.
A 14ª edição da Parada LGBT de Ribeirão Preto acontecerá no dia 19 de agosto. A concentração será a partir das 14h, na avenida Nove de Julho, com saída prevista às 16h.
O roteiro seguirá para as avenidas Presidente Vargas e João Fiúza, com término na rua Galileu Galilei.
Luta Contra LGBTFobia – Dia 17 de maio, data em que se celebra internacionalmente a luta contra a LGBTFobia, foi escolhido em razão de ter sido o dia em que, em 1990, ocorreu a retirada da homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS). A organização aboliu o sufixo “ismo”, que caracteriza condições patológicas. Essa foi considerada uma grande vitória na luta pelos direitos LGBT e assim é celebrada por pessoas e ONGs de vários países.