Os 27 vereadores votaram pela cassação da ex-prefeita nesta sexta-feira (17)
A Câmara de Ribeirão Preto cassou os direitos políticos da ex-prefeita Dárcy Vera.
Com a decisão, Dárcy passou a ser inelegível por oito anos.
Foram três votações:
-Por aliciamento parlamentar.
-Quebra de decoro
-Por não proteger o patrimônio.
Em todas houve unanimidade – 27 votos, os vereadores presentes – pela condenação da ex-prefeita.
Acusada de comandar o maior esquema de corrupção da história em Ribeirão, a ex-prefeita Dárcy Vera foi cassada por unanimidade pelos vereadores nesta sexta-feira (17). Com a decisão, ela perde os direitos políticos e se torna ilegível por oito anos.
Dárcy é acusada de chefiar um esquema de fraudes em licitações e desvio de verbas públicas nos oito anos de mandato. Ela responde a processo na Justiça por corrupção passiva, peculato e associação criminosa.
O vereador Renato Zucoloto classificou a cassação de Dárcy Vera como: “… Um recado taxativo de quem assume o legislativo, nesse novo mandato, com vontade de fazer diferente e não mais permitir que se instale uma quadrilha no poder público de Ribeirão Preto…”
“Essa comissão expôs as vísceras do processo podre que ocorria na nossa cidade. Nossa comissão mostrou que a compra de favores levou a nossa cidade à ruína. Parlamentares assumiram papéis de delinquentes travestidos de autoridades. Estamos dizendo a Ribeirão Preto que somos um poder. Nós combatemos a velha política que escraviza a sociedade brasileira às velhas práticas”, afirmou o relator da Comissão Especial Processante, Marcos Papa (Rede).
A reunião começou por volta das 9h desta sexta-feira e se estendeu por todo o dia.
Darcy não enviou representantes legais para sua defesa com isso, o advogado Alexandre Veloso Rocha, que estava presente se dispôs a defendê-la, se tornou o responsável pela argumentação.
“Aceitei esse caso porque julguei neste salão a defesa do direito e para que esse julgamento seja válido. Mas não estou aqui para endossar os atos cometidos”, afirmou ao iniciar a fala.
Em cédulas de papel, os vereadores tiveram que responder separadamente a três perguntas sobre os temas acima. Votando “sim”, os parlamentares consideravam que Dárcy havia cometido as infrações e assinalando “não”, consideravam a ex-prefeita inocente.