Segundo os advogados de Dárcy Vera, a presença dela nas audiências, que ocorrem nos dias 25, 28 e 29 de setembro, com sessões que começam às 13h45, faria com que a ex-prefeita ficasse exposta “às massas e tripudiada pelo público”, já que os depoimentos estão marcados para ocorrer no Salão do Júri do Fórum Estadual de Justiça de Ribeirão Preto, onde a ex-chefe do Executivo ribeirão-pretana foi vaiada e hostilizada em dezembro.
Além disso, a defesa ainda considera desnecessária a presença da ex-prefeita na ocasião, pois “não vê necessidade de contato pessoal com a cliente durante os atos processuais”, já que a estratégia de defesa já foi traçada em conjunto com a acusada e os fatos, todos tendo pleno conhecimento do que se trata o processo.
Em despacho, o juiz da 4ª Vara Criminal de RP, Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira, negou o pedido, afirmando que é necessária a participação de Dárcy nas audiências para evitar qualquer situação que levante a possibilidade de anulação do processo, e garantiu que todas medidas de segurança já foram tomadas junto ao Fórum e à Polícia Militar para garantir a ordem e a tranquilidade nos trabalhos.
“A dispensa de comparecimento da acusada poderia ensejar, aos olhos do público em geral, uma ideia de privilégio incompatível com a Justiça, cujo símbolo, a Deusa Têmis, usa venda nos olhos, justamente para garantir o tratamento igualitário das partes”, escreveu o Juiz.
Dárcy Vera é acusada de corrupção passiva, peculato e associação criminosa.