O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou, há pouco, que ofereceu ao governo do Pará vagas em presídios federais para transferir os líderes da rebelião ocorrida hoje (29) em Altamira.
Em nota à imprensa, o ministro Sérgio Moro lamentou as mortes na rebelião e determinou que Força Nacional fique de prontidão para atuar se for necessário. Moro também quer a intensificação do trabalho de inteligência policial.
A pasta também informou que o ministro conversou de manhã com o
governador do Pará, Helder Barbalho, e participou de uma reunião de
emergência no início da tarde com secretários da ministério, além dos
diretores da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, para
tratar do caso.
Por meio de suas redes sociais, Helder Barbalho confirmou que o governo
do estado está trabalhando na identificação dos líderes criminosos e que
foram ofertadas pelo ministro Sergio Moro 10 vagas em presídios
federais.
Nesta manhã, uma rebelião no Centro de Recuperação Regional de
Altamira deixou 52 detentos mortos. O conflito começou por volta das 7h,
quando um grupo de presos invadiu a ala de uma facção rival.
De acordo com as informações divulgadas, os presos chegaram a colocar
fogo em parte da ala. Dentre os mortos, 16 foram decapitados e o
restante teria morrido por asfixia, devido ao incêndio. Dois agentes
penitenciários foram mantidos reféns e liberados ao final da rebelião,
que foi contida por volta das 12h.
Íntegra da nota
“O Ministério da Justiça e Segurança Pública disponibilizou vagas no Sistema Penitenciário Federal para transferência e isolamento das lideranças criminosas envolvidas na rebelião que aconteceu na manhã desta segunda-feira (29), no Centro de Recuperação Regional de Altamira e deixou mais de 50 mortos. O ministro Sergio Moro lamentou as mortes e determinou a intensificação das ações de inteligência e que a Força Nacional fique de prontidão.
O ministro da Justiça acompanha de perto a situação e conversou com o governador do Pará, Helder Barbalho, ainda na manhã desta segunda. No início da tarde foi realizada uma reunião de emergência para tratar do assunto com o secretário Nacional de Segurança Pública Adjunto, Freibergue Rubem do Nascimento; secretário adjunto da Secretaria de Operações Integradas, José Washington Luiz Santos; o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo; o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Adriano Furtado; e diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional, Fabiano Bordignon.”