Kim segue como um ditador sanguinário que oprime o povo norte-coreano, se morreu, já foi tarde
NBC anuncia a morte de Kim Jong-Un, ditador da Coréia do Norte, após procedimento cardiovascular. Mais cedo, emissoras americanas divulgaram que estado de saúde do norte-coreano era grave. Informações ainda não foram confirmadas por autoridades coreanas.
A informação ainda não foi confirmada pelos serviços americanos de inteligência.
Mais cedo, emissoras americanas divulgaram que Kim Jong-Un, ditador da Coréia do Norte, encontrava-se em grave estado de saúde. Kim teria sido submetido a procedimento cardiovascular no último dia 12 de abril devido à obesidade, tabagismo e excesso de trabalho. O quadro de saúde do ditador era considerado grave e o risco de morte não era descartado, o que reforça o anúncio da NBC.
Kim esteve ausente das festividades de 15 de abril que comemoram o aniversário de seu avô, Kim Il-sung, fundador da Coréia do Norte morto em 1994. Desde então especulações sobre o estado de saúde do ditador norte-coreano começaram a se alastrar.
Sem confirmação oficial
O governo sul-coreano irá verificar o estado de saúde do líder da Coréia do Norte, uma das mais fechadas e sanguinárias ditaduras do mundo.
Conheça abaixo o que se sabe e se especula sobre sobre Kim Jong-un.
O ano em que ele nasceu é um mistério
Todo ano, Kim Jong-un deve fazer uma festinha no dia 8 de janeiro para celebrar seu aniversário. O que não se sabe ao certo são quantos anos o ditador realmente comemora. Acontece que, oficialmente, Kim Jong-un nasceu no dia 8 de janeiro de 1982, mesmo ano em que seu avô, Kim Il Sung, completou 70 anos e seu pai, Kim Jong-il, fez 40. Essa coincidência, no entanto, pode ter sido inventada. Em 2016, depois de fazer sanções à Coreia do Norte, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos revelou que o ditador nasceu, na verdade, em 8 de janeiro de 1984. O governo norte-coreano não confirmou a informação.
No início do governo de Kim Jong-un, havia rumores de que eram seus tios que instruíam o jovem chefe de Estado a tomar decisões.
Mandou executar seus tios
Em dezembro de 2013, quase dois anos após a morte de pai, Kim Jong-un executou seu tio Jang Sung Taek, sob o pretexto de traição e corrupção. Inicialmente, acreditou-se que toda a família de seu tio fora assassinada. Em maio de 2014, o ditador teria ordenado que a tia, Kim Kyong-hui, fosse envenenada por reclamar da execução do marido. Em 2015, no entanto, a agência de inteligência sul-coreana informou que ela estava viva.
No início do governo de Kim Jong-un, havia rumores de que eram seus tios que instruíam o jovem chefe de Estado a tomar decisões.
Ganhou títulos mesmo sem experiência
A partir de 2010, a medida que a saúde de seu pai piorava, Kim Jong-un começou a ganhar condecorações militares para se preparar para assumir o posto de chefe de Estado da Coreia do Norte. Mesmo com pouca experiência política e militar, Kim Jong-un foi nomeado general de quatro estrelas, vice-presidente da Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores (agora é secretário-geral do Partido), membro do Comitê Central, entre outros títulos.
Reação à morte do pai
Uma semana após a morte de Kim Jong-il em 2011, Kim Jong-un foi nomeado Líder Supremo da Coreia do Norte, ganhando total poder para gerir o país política e militarmente.
Em reação à morte do ex-chefe de Estado, diversas imagens de cidadãos norte-coreanos chorando compulsivamente foram veiculadas para mostrar o quão “querido” era o ex-ditador.
De acordo com o Daily NK, um site especializado em questões da Coreia do Norte, o governo norte-coreano puniria com seis meses de trabalho no campo as pessoas que não choraram sinceramente pela morte de Kim Jong-il.
Estudou na Suíça
Com uma identidade falsa, Kim Jong-un estudou em uma escola internacional em Gümligen, Suíça. O governante era chamado de Pak Un e dizia que era filho de um empregado da embaixada norte-coreana. Era descrito por seus colegas como um garoto quieto, que passava a maior parte do tempo em casa, mas que tinha bom humor.
Um fã de Michael Jordan
Quando era jovem, Kim Jong-un adorava jogar basquete. Segundo ex-colegas de classe que foram procurados pela mídia anos mais tarde, o ditador tinha vários posters de Michael Jordan no quarto, além de uma grande coleção de tênis da Nike. Há relatos de que seu pai também era um grande fã do jogador e tinha uma biblioteca de vídeos de suas partidas. Em 2001, Jordan teria sido convidado a visitar a família de ditadores — o que recusou.
Se parece com seu avô
Muitos norte-coreanos consideram Kim Jong-un parecido com Kim Il-sung. Alguns veículos começaram a especular que o jovem ditador teria feito cirurgias plásticas para se assemelhar ao fundador da Coreia do Norte e, assim, aumentar sua popularidade. Representantes do país, entretanto, dizem que é mentira.
Sua esposa era uma líder de torcida
Ri Sol-ju, esposa de Kim Jong-un, é outro assunto nebuloso da vida do ditador. Não se sabe ao certo sua idade, quando se casou ou quantos filhos teve. Especula-se que, antes de se tornar primeira-dama da Coreia do Norte, ela era uma cantora e cheerleader de um time do país e que, por causa de seu trabalho, costumava viajar para a Coreia do Sul e Japão.
Acredita-se que tenha se casado com Kim Jong-un em 2009, tido o primeiro filho em 2010, o segundo em 2013 e um terceiro em 2017.
Tudo o que se sabe sobre os supostos herdeiros é que o segundo é, na verdade, uma menina: Ju-ae. A informação foi revelada por um visitante inusitado…
Símbolos norte-americanos visitam a Coreia do Norte.
Na falta de Michael Jordan, o ex-jogador da NBA Dennis Rodman visitou o ditador da Coreia do Norte em 2013. De volta ao Ocidente, ele revelou que carregou a filha de Kim Jong-un nos braços.