Desilusão na Argentina uma futura Venezuela

Empresários dão adeus à Argentina para investir no Brasil, Temendo as estatizações da dupla Fernández-Kirchner, fábricas do setor automotivo demitiram seus funcionários e vão se instalar por aqui

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“Fazer parte da Argentina põe freios à economia de Mendoza (província do país) e nos afasta dos investidores internacionais”, afirmou o deputado federal argentino Alfredo Cornejo, “Além disso, temos características culturais e políticas muito específicas”.

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O desabafo é a opinião dos defensores do chamado “mendoexit”, uma espécie de brexit sul-americano.

O movimento separatista ganhou força por causa da insatisfação com o presidente Alberto Fernández.

O tema veio à tona depois de Cornejo defender a ideia publicamente. Ele é uma das figuras políticas mais relevantes da Argentina e preside o União Cívica Radical, partido tradicional que apoiou o ex-presidente Maurício Macri.

Entre outras insatisfações, o parlamentar queixou-se das medidas de isolamento social adotadas por Fernández e Cristina Kirchner, que prejudicaram severamente o turismo local. O setor responde por boa parte da arrecadação de impostos de Mendoza.

Contudo, a possibilidade de a província tornar-se independente da Argentina só pode ocorrer através de uma mudança na Constituição, improvável no momento.

A ideia, entretanto, persiste. Mendoza é conhecida como a terra dos políticos menos corruptos do país. Também carrega a fama de possuir um Judiciário ágil e competente, diferente de Buenos Aires.

Os moradores do local têm uma tradição política diferente da do resto do país, em que se preza o respeito à Constituição regional, de 1916.

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Empresários dão adeus à Argentina para investir no Brasil

Por causa da crise econômica da Argentina, empresas do setor automotivo estão deixando o país governado pelos peronistas Alberto Fernández e Cristina Kirchner. Contudo, já definiram sua nova casa: o Brasil. A Saint-Gobain Sekurity, fornecedora de autopeças, anunciou na semana passada um acordo de demissão voluntária com seus 150 funcionários argentinos e a mudança para cá.

A fábrica foi inaugurada em 2016, sob a gestão de Mauríco Macri, com um investimento de US$ 200 milhões e o objetivo de fabricar cerca de 200 mil para-brisas por ano. Mas, agora, sofre com dificuldades financeiras.

Além disso, nas últimas semanas, outras companhias do ramo anunciaram que estão de malas prontas rumo ao Brasil.

É o caso da Axalta e Basf, ambas produzem resinas e tintas para automóveis. Conforme noticiou Oeste, a iniciativa privada está descontente com o governo de esquerda, que tem ameaçado estatizar corporações em dificuldade, a exemplo da Vicentín. Fernández também endureceu novamente o isolamento social, para combater o coronavírus.

Mas não agradou em nada diversos segmentos da economia.

Em síntese, o capital antes da Argentina está vindo para o Brasil.

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