O projeto Fomento ao Teatro de Ribeirão Preto apresentou para os ribeirão-pretanos novos talentos artísticos da cidade. Desenvolvido na Vila Tecnológica, no Centro Cultural Quintino II e Céu das Artes, o Curso Livre de Iniciação ao Teatro encerrou neste sábado, dia 25 de junho, com a realização de um encontro com todos os envolvidos no projeto.
Composto de aulas técnicas para alunos iniciantes, os alunos que concluíram o curso apresentaram seus espetáculos durante o 5º Festival Nacional de Teatro, junto com os grupos teatrais selecionados e oficinas de formação, além de realizarem apresentações nos centros culturais.
Aulas de cenografia teatral, canto e técnica vocal, atuação, técnica corporal, improvisação, musicalização dança contemporânea e história do teatro, fazem parte do curso, que por 11 meses desenvolveu técnicas para os alunos iniciantes, que desejavam aprimorar a capacidade de comunicação através do teatro.
O objetivo do projeto é valorizar a arte e a educação como instrumentos de transformação social através do teatro e que mostrou ser uma importante ferramenta de trabalho para promover a cidadania e inclusão sociocultural da população.
Para a coordenadora do projeto, Francis Pedroso, o Curso Livre de Iniciação ao Teatro, mostrou ser importante na divulgação do teatro como ação cultural na cidade.
“Desde o inicio, o esse projeto foi extremamente gratificante. Tivemos famílias que concluíram o curso, jovens que não tinham noção de teatro e que se mostraram verdadeiros atores. Fico muito feliz em ter acompanhado a evolução de todos que iniciaram o curso”, afirmou Francis.
“A coisa mais importante no teatro é ajudar os alunos a desenvolver uma forma crítica, a formarem opiniões e saber trabalhar em grupo, e isso o teatro ajuda muito. Fora esse trabalho de inibição, a maioria das ações que foi realizada dentro do teatro, foi propostas dos próprios alunos, e isso agrega muito, tanto para eles quanto para o nosso trabalho como professor”, disse o professor Nei, responsável pelas turmas do Centro Cultural Quintino II e Céu das Artes.
Professora e aluna do curso no Céu das Artes, Karen Manchini da Silva, falou sobre o envolvimento da comunidade com o projeto. “Vários alunos que começaram o curso são moradores da redondeza do centro cultural. Eu sou coordenadora de uma escola que é do bairro e metade da turma eram de alunos também da nossa escola e que demostraram interesse em participar de uma atividade cultural que mobilizasse o bairro e que desse outras oportunidades para eles”, explicou Karen.
Otávio Augusto Lima dos Santos, aluno do Centro Cultural Quintino II, usou o teatro para superar as sequelas que teve de quatros AVCs.
“A fisioterapeuta me indicou fazer um curso de teatro como parte do tratamento, que iria me ajudar em muitos aspectos, tanto na parte da movimentação e quanto de memorização. E o curso ajudou muito na minha evolução, além de ter aberto novas possibilidades para mim, que sempre contei com o apoio da minha família”, afirmou Otávio.
A outra professora do Curso, Juliana Pedreira, falou que a comunidade da Vila Tecnológica se evolveu com o curso, criando um laço de amizade, possibilitando que muitas pessoas fossem ao teatro pela primeira vez.
“Tivemos uma procura muito grande aqui na comunidade e muitos deles não tinham experiência nenhuma com teatro. Com o curso, os alunos se empolgaram tanto que formaram um grupo de amigos e envolveram toda a comunidade, possibilitando uma troca de cultura muito mais ampla que o curso”, disse Juliana.
Para Yuri Nogueira Moreira Santos, produtor musical, o Curso foi de extrema importância para todos, além de ser o começo de novas mudanças na comunidade.
“Estou feliz e grato por ter tido a oportunidade de participar do curso de teatro da Vila Tecnológica. Sendo morador da comunidade Alexandre Balbo II e Maria Casa Grande, vejo que esse curso ajudou a despertar o velho interesse pela cultura na comunidade. Boa parte dos moradores das redondezas se mostraram interessados pelas artes”, explicou Yuri.
5º Festival Nacional de Teatro de Ribeirão Preto
É um evento de abrangência nacional, que possibilita o intercâmbio de companhias e grupos teatrais para provocar a aproximação do público e de artistas locais a diferentes manifestações cênicas, contribuindo com a formação de espectadores e a reciclagem de artistas.