Sinônimo de excelência musical no Brasil, o Theatro Pedro II será o palco de uma apresentação da Orquestra Jovem do Estado na próxima sexta-feira, dia 17 de novembro, às 20h30. A Orquestra é referência por seu bem-sucedido plano pedagógico e sua cuidadosa curadoria artística.
Sob a regência de Cláudio Cruz, a Orquestra Jovem do Estado se apresenta com 90 integrantes e a participação do pianista Ricardo Castro, com um vasto repertório.
O concerto é uma parceria da prefeitura de Ribeirão Preto, por meio da Fundação Dom Pedro II, com o governo do estado de São Paulo. Os ingressos são gratuitos e começaram a ser distribuídos na bilheteria do Theatro uma hora antes de o espetáculo começar.
A presidente da Fundação Dom Pedro, Mariana Jábali, ressaltou que o maestro Cláudio Cruz já regeu a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e também já se apresentou como solista.
“A Fundação Dom Pedro II tem como objetivo promover essas parcerias e trazer o que temos de melhor em nossa cultura. Esse trabalho serve para fazer um intercâmbio cultural e trocar experiências, além de ser sempre oportuno oferecer espetáculos gratuitos”, disse Mariana.
Orquestra Jovem do Estado
Desde sua reformulação, em 2012, passou a ter Claudio Cruz como regente titular e diretor musical, o que ocasionou um expressivo salto de qualidade.
Hoje, a Orquestra Jovem do Estado apresenta uma marcante identidade sonora. Sua forte coesão interna permite a construção de repertórios cada vez mais desafiadores técnica e estilisticamente.
Esse sucesso é fruto dos intensivos ensaios que seguem o modelo de festival, com preparação de naipes, imersão no repertório e profunda interação com solistas e regentes convidados, além da abrangência de suas atividades pedagógicas, que formam e inspiram os jovens instrumentistas.
Outro fator determinante na evolução do grupo foi a criação do Prêmio Ernani de Almeida Machado, em parceria com o escritório Machado Mayer Advogados.
Voltada aos bolsistas da Orquestra, a premiação contempla um grande vencedor e quatro finalistas, e todo dinheiro recebido pelos jovens deve ser investido em seu aperfeiçoamento musical, como a compra de instrumentos ou financiamento de cursos em academias estrangeiras.
Ciente da importância da vivência internacional para a formação dos jovens músicos, a Orquestra realiza regularmente turnês no exterior.
Com atuações elogiadas pelo público e crítica internacional, o grupo já se apresentou em importantes salas de concerto, como o Lincoln Center, em Nova York, o Kennedy Center, em Washington e a Konzerthaus, em Berlim, além de ter participado como orquestra residente do Festival Berlioz, na cidade natal do compositor francês, La Côte-Saint-André, interpretando a “Sinfonia Fantástica”.
Repertório
Sergio Kafejian (1967)
Gritei… e o Pássaro do Equilíbrio Perfeito na Ponta do Abeto Só Mexeu o Rabo [9 min].
Maurice Ravel (1875-1937)
Concerto para Piano em Sol Maior [23 min].
Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908)
Scheherazade, opera 35 [42 min].
Regência: Cláudio Cruz
Iniciou-se na música com seu pai, o luthier João Cruz. Foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Artes, Prêmio Carlos Gomes, Prêmio Bravo e Grammy Awards.
Atuou como spalla da Osesp, foi diretor musical da Orquestra de Câmara Villa-Lobos e regente titular das Sinfônicas de Ribeirão Preto e Campinas. Regeu a Orquestra de Câmara de Osaka, New Japan Philharmonic, Hyogo Academy Orchestra, Svogtland Philharmonie (Alemanha), Jerusalem Symphony Orchestra.
É regente titular e diretor musical da Orquestra Jovem do Estado, diretor artístico da Oficina de Música de Curitiba e primeiro violino do Quarteto de Cordas Carlos Gomes.
Pianista: Ricardo Castro
Pianista e maestro, Ricardo Castro nasceu em 1964, em Vitória da Conquista/BA. Estabeleceu-se na Europa em 1984, onde estudou piano com Maria Tipo e Dominique Merlet, e regência com Arpad Gerecz.
Premiado no Concurso da ARD de Munique, em 1987, e Geza Anda de Zurique, em 1988, tornou-se um pianista de renome internacional ao receber o primeiro lugar no Leeds International Piano Competition, na Inglaterra, em 1993.
Em 2013, Ricardo Castro tornou-se o primeiro brasileiro a receber o Honorary Membership da Royal Philharmonic Society, passando a figurar desde então ao lado de personalidades chaves na história da música ocidental.