A projeção do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) de ver o País terminar os Jogos do Rio no top 10 está sob ameaça. Isso se deve principalmente à falta de medalhas de atletas que chegaram como promessas.
A expectativa no comitê, antes do início do evento, era que o Brasil obtivesse algo em torno de 27, 28 medalhas.
A meta está cada vez mais difícil de alcançar.
No final da ultima semana estamos apenas com 3 medalhas, sendo uma de ouro, prata, e bronze.
O judô ganhou duas medalhas.
Temos ouvido o tempo todo, “foi quase” ou “faltou pouco”, e desde a década de 60 não se vê uma delegação do pais sede ter resultados tão inexpressivos.
A ordem no COB e no Comitê Rio 2016 é a de só fazer uma avaliação pública do número de conquistas após o encerramento dos Jogos.
“Só vamos falar sobre isso após o dia 21”, disse o superintendente executivo de esportes do COB, Marcus Vinicius Freire. Os cálculos que ele costumeiramente anunciava não eram aleatórios. Baseou-se sempre nos resultados dos atletas em campeonatos mundiais – referência utilizada em outras edições olímpicas.
Houve derrotas inesperadas em esportes com esperança de medalhas e ninguém surpreendeu até agora com um desempenho especial.
Na natação, por exemplo Thiago Pereira e com Bruno Fratus, foram alguns dos que receberam o premio o premio consolação.
No tênis, Marcelo Melo e Bruno Soares deram adeus à disputa nas duplas – estavam muito cotados para dar a primeira medalha olímpica para o Brasil. Outra aposta, o vice-campeão mundial de tiro com arco, Marcus D’Almeida, também já foi eliminado. Para agravar o quadro, o basquete feminino ficou pelo meio do caminho e o basquete masculino caminha para não estar entre os times que disputarão medalhas.
Há a situação delicada da dupla de vôlei de praia Pedro e Evandro, que consta da lista de prováveis medalhistas do COB. E tudo pode ser mais nebuloso ainda se o time de Neymar não emplacar e o vôlei masculino, do técnico Bernardinho, não melhorar suas atuações.
Agora é torcer para que apareçam herois na segunda semana, ou então se dar por satisfeitos em ter feito a festa para os visitantes dançarem.
Mas, o Premio consolação, este ninguém nos tira.
Outra preocupação que um evento desta magnitude traz é o legado que deixará. Marcus Vinícios ressaltou que as obras serão aproveitadas após os Jogos, e não acredita no aparecimento dos famosos “elefantes brancos”.
“Elefante branco eu não vejo nas nossas instalações. Tenho só a preocupação de como vamos juntar os três níveis de governo com o Comitê Olímpico e com o Comitê Paralímpico para a administração daqui para frente”, concluiu o diretor executivo de esportes do COB.