Neste sábado, dia 06 de outubro, o nadador ribeirão-pretano Nicholas Santos, de 38 anos, quebrou o recorde mundial dos 50 metros borboleta em piscina curta, ficando com a medalha de ouro na etapa de Budapeste da Copa do Mundo.
Nicholas, que já havia sido campeão mundial da prova em 2012, cravou 21s75, cinco centésimos mais rápido que a marca anterior, 21s80, pertencente ao alemão Steffen Deibler, conquistada em 2009, quando usava os trajes tecnológicos. A prata ficou com o sul-africano Chad Le Clos e o bronze com o japonês Kosuke Matsui. Nicholas também conquistou o bronze nos 100 metros borboleta, com a marca de 50s12.
A quebra do recorde ainda encerrou um jejum de quatro anos sem brasileiros recordistas. A nadadora Etiene Medeiros tinha sido a última quando, em 2014, quebrou o recorde dos 50 metros costas, também em piscina curta. O recorde ainda não foi batido e dura até hoje. Em piscina longa, Cesar Cielo detém os recordes mundiais dos 50 e 100 metros livre.
“Depois do Pedro Motta, nadador da base do esporte ribeirão-pretano aparecer na vice-liderança do ranking mundial e estar entre os melhores de sua categoria, outro nadador ribeirão-pretano foi destaque mundial. Nicholas Santos quebrou o recorde mundial nos 50 metros borboleta em piscina curta, que durava desde 2009. É um orgulho muito grande para nossa cidade ter um atleta como o Nicholas, além de servir como exemplo para os novos talentos”, disse o secretário de Esportes de Ribeirão Preto, Ricardo Aguiar.
Nicholas destacou a importância desta conquista, já que a marca anterior havia sido alcançada com o uso dos trajes tecnológicos e já durava nove anos. “Foi uma competição que não tinha planejado, não descansei e não fazia parte dos treinamentos. Consegui descansar três dias e nadei para o recorde mundial. É uma conquista para a minha carreira, para o Brasil e para Ribeirão Preto, já que iniciei minha carreira de nadador na cidade”, afirmou o nadador.
Especialidade do Nicholas, o recorde anterior da prova dos 50 metros borboleta em piscina curta foi alcançado pelo alemão Steffen Deibler, em 2009, quando o uso dos trajes tecnológicos era permitido.
“A roupa ajudava demais, influenciava na flutuabilidade e tinha uma compressão no corpo que reduzia a fadiga, segundo alguns estudos que fizeram na época. Era uma disputa que não dava para competir, mas consegui um feito que ninguém imaginava que pudesse conseguir, o que torna essa conquista ainda mais gratificante”, concluiu Nicholas.
O nadador segue com o trabalho focado na disputa do Mundial em piscina curta, que será em dezembro, na cidade de Hangzhou, na China.