O Palmeiras é campeão da Libertadores da América pela segunda vez em sua história. O Verdão venceu o Santos por 1 a 0 no Maracanã neste sábado e comemora o bicampeonato sul-americano.
O jogo
Palmeiras e Santos fizeram um duelo que foi marcado em seu início pelo nervosismo dos dois times. Tanto o Verdão de Abel Ferreira quanto o Peixe de Cuca não tiveram oportunidades em uma primeira etapa marcada pelo jogo físico e muito truncado no meio-campo, com os dois times apostando todas suas fichas em contra-ataques e, principalmente, bola parada.
Do lado alviverde, Rony na escalação titular e muitas tentativas pelos lados do campo. O Palmeiras chutou mais no primeiro tempo, mas chutou mal e não finalizou nenhuma vez no gol. No meio-campo e na defesa, muito contato físico contra o veloz, mas fisicamente mais fraco time do Santos.
O Peixe apostou suas fichas na primeira etapa em Marinho, que foi muito bem marcado pelos zagueiros palmeirenses, muitas vezes na força física, e brilho pouco. O Santos não chegou muito e, assim como seu rival, terminou a primeira etapa sem assustar o goleiro adversário.
O segundo tempo também não foi dos melhores. O relógio marcava quase 30 minutos da segunda etapa quando o Santos fez um dos goleiros trabalhar pela primeira vez em chute de longe, na melhor chance de um dos times no tempo normal.
O calor e a tensão do jogo no Maracanã arrastaram uma segunda etapa brigada, com muito contato físico e que não agradou os torcedores de nenhum dos lados. Até que o clima pegou fogo nos acréscimos.
Após Cuca atrasar o jogo em levar entrada do lateral Marcos Rocha, o técnico santista foi expulso e não acompanhou o restante do jogo.
O clima quente tomou conta dos jogadores em campo pela primeira vez a poucos minutos do fim. E esquentou mais ainda com o gol que decidiu a campanha alviverde.
Depois de cruzamento de Rony pela direita, Breno Lopes, cria da base alviverde, que havia feito seu primeiro gol profissional no meio da semana, fez o gol mais importante de sua carreira e decretou: Palmeiras bicampeão da América!
A campanha do bi
O Verdão começou a Libertadores feliz da vida ao ver seu grande rival Corinthians cair para o Guarani do Paraguai em duelo que, além de trazer uma piada para apimentar a rivalidade, evitou que os dois times se enfrentassem na primeira fase, dando ao Palmeiras um grupo relativamente tranquilo com os próprios paraguaios, além dos bolivianos do Bolívar e dos argentinos do Tigres.
O Verdão fez bonito e, como esperado, passou fácil pela primeira fase. Foram cinco vitórias e um empate, campanha invicta e que rendeu não apenas a liderança do grupo, mas a melhor campanha geral na Libertadores entre todas as equipes que disputaram a fase de grupos — empatado em pontos com o próprio Santos, que no entanto teve saldo de gols menor.
Nas oitavas de final o Palmeiras não tomou conhecimento do Delfín, do Equador, e após vencer por 3 a 1 fora de casa, deu show no Allianz Parque com goleada por 5 a 0 e vaga garantida nas quartas de final.
As quartas começaram mais apertadas, com empate em 1 a 1 fora da casa com o tradicional Libertad, do Paraguai. Na volta, no Allianz Parque, no entanto, mais uma vitória sem problemas por 3 a 0 e passe garantido para as semifinais.
O último passo antes da final trouxe o River Plate, da Argentina, e a lembrança de eliminar o rival na exata mesma fase na campanha do primeiro título, em 1999. Se as lembranças já eram boas, ficaram ainda melhores com o melhor jogo do Palmeiras sob o comando de Abel Ferreira. Vitória incontestável por 3 a 0 jogando na Argentina e vaga bem encaminhada para a final.
O jogo de volta, no entanto, guardava o momento de maior apreensão dos palmeirenses durante toda a campanha do bicampeonato. Derrota por 2 a 0 para os argentinos, a primeira na competição, em partida que ficou marcada por gols anulados, intervenções do VAR e muita garra dos jogadores palmeirenses nos momentos finais.
Vaga garantida, Santos pela frente e o resto é história. Assim o Palmeiras é bicampeão da América e agora se prepara para tentar ser campeão mundial.