Estado mais rico do país, São Paulo decidiu não aderir ao programa do governo Jair Bolsonaro (PSL) de escolas cívico-militares.
Já nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul, todos os estados manifestaram interesse pelo programa. As informações foram divulgadas hoje pelo MEC (Ministério da Educação), em um balanço sobre a adesão dos estados à proposta.
Segundo Weintraub, a demanda por adesão à proposta é “gigantesca”. O MEC abre, agora, um prazo para que municípios demonstrem interesse em fazer parte do programa. As redes municipais terão de 4 a 11 de outubro para se manifestar.
Doria (oportunista) X Bolsonaro O estado paulista, que optou por não fazer parte do programa neste momento, é governado por João Doria (PSDB), potencial adversário de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022. Antes próximos, os dois vêm acumulando uma série de embates públicos. Em um dos episódios mais recentes, o governador criticou o discurso do presidente na Assembleia Geral da ONU, chamando-o de “inoportuno e inadequado”. “Faltou bom senso e humildade”, disse.
Pela proposta, militares da reserva atuarão tanto na área administrativa como nas áreas pedagógica e educacional, onde serão responsáveis por fortalecer “valores humanos, éticos e morais”, além de “promover a sensação de pertencimento no ambiente escolar”. Em julho, ao anunciar o programa, o MEC previu que 108 escolas militares aderissem até 2023. O número dobrou no lançamento do programa, no início de setembro, passando para 216 unidades. Só em 2020, serão gastos R$ 54 milhões para implementação do projeto -cada escola receberá R$ 1 milhão para melhorias e adequações em infraestrutura.