As vendas do comércio de Ribeirão Preto (SP) tiveram aumento de 0,38% em dezembro de 2017 na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a variação foi de 0,23%, é o que aponta a pesquisa Movimento do Comércio, realizada mensalmente pelo SINCOVARP (Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região). A variação positiva aconteceu no Natal, data mais importante para o varejo.
Entre as empresas entrevistadas, 56,3% consideraram que venderam mais este ano do que no mesmo mês do ano passado, enquanto, 39,5% disseram o contrário e 4,2% declararam que os dois períodos foram equivalentes.
Setorial – Entre os setores, o melhor resultado foi apresentado por Eletrodomésticos (6,90%), seguido de perto por Calçados (4,09%), Ótica(1,98%), Móveis(1,90%) e Presentes (0,68%). Do lado negativo, o segmento que apresentou o pior resultado foi Cine/Foto (–5,22%). Na sequência vieram Tecidos/Enxoval (–3,60%), Livraria/Papelaria (–3,15%) e Vestuário (–0,10%).
Emprego – Com relação ao emprego, o estudo apurou um aumento médio de 0,33% nos postos de trabalho em dezembro. Entre as empresas entrevistadas, 93,7% mantiveram o número de funcionários durante o mês, enquanto, 4,2% das consultadas, contrataram e 2,1%, demitiram.
Entre os setores, Cine/Foto mostrou redução de –12,50% nos quadros funcionais, enquanto Calçados e Livraria/Papelaria, abordou aumentos respectivos de 12,5%e 3,00%.
Modalidade de pagamento – No que se refere às modalidades de pagamentos utilizadas, o estudo continua a apontar a predominância do cartão de crédito, utilizado em 55,27% das compras. Os pagamentos à vista responderam por 31,74% das transações e a modalidade a prazo, com cheques pré-datados ou carnês, representaram 12,99%.
O segmento que teve maior venda com cartão de crédito foi Tecidos/Enxoval (72,20%). As vendas à vista foram predominantes em Livraria/Papelaria (55,00%). Já, a prazo, ficou com Móveis (24,00%).
Análise – Segundo Marcelo Bosi Rodrigues, economista do SINCOVARP, responsável pela pesquisa, apesar do resultado tímido, o fato de ser positivo num mês tão importante quanto dezembro traz algum alívio para o comércio. “O número médio, apesar das diferenças entre os resultados dos setores, reflete o ano de 2017, em que a economia não conseguiu deslanchar, apenas demonstrar breves sinais de recuperação, mas sem manter-se firme no crescimento. O que podemos fazer é olhar para frente e ter a certeza de que o pior já passou, mas a recuperação tão desejada vem acontecendo ‘a passos de formiga e sem vontade’, em grande parte, graças ao fato de que a cada conquista na área econômica vem acompanhada de um novo escândalo de corrupção. Já são tantos que nem conseguimos nos lembrar de todos”, finaliza.