Região de Ribeirão Preto registra alta na arrecadação de impostos federais

0
1177
arquivo

Os municípios da região de Ribeirão Preto registraram no mês de março de 2017 arrecadação total de R$ 312,243 milhões em impostos federais, montante 4,4% superior quando comparado a março de 2016, sendo possível notar, particularmente, aumento relativamente significativo na arrecadação da COFINS em 6,2%.

Já o município de Ribeirão Preto apresentou comportamento distinto do observado na região. A arrecadação atingiu a marca de R$ 151,600 milhões, valor 0,7% inferior ao arrecadado em março de 2016. Quase todas as rubricas analisadas apresentaram quedas: de 9,2% para a CSLL, 7,9% para o IRPJ, 4,9% para o PIS/PASEP e 1,3% para o IPI. Já o IRRF e a COFINS apresentaram crescimentos de 7,1% e 4,9%, respectivamente.

O cenário em Ribeirão Preto é similar ao que ocorreu no País e no estado de São Paulo, onde a arrecadação também apresentou queda no mês de março deste ano. Em nível nacional, a arrecadação foi da ordem de R$ 65,549 bilhões, montante 2,1% inferior ao observado no mesmo mês de 2016. No estado de São Paulo, o total de impostos federais arrecadados atingiu a cifra de R$ 28,044 bilhões, valor 2,9% inferior ao observado no mesmo mês de 2016.

No acumulado de janeiro a março, os municípios da região de Ribeirão Preto arrecadaram juntos R$ 1,114 bilhão, valor 4,8% superior ao acumulado entre janeiro e março de 2016. O IRPJ apresentou queda de 2,4%. O IRRF, em direção oposta, apresentou crescimento de 15,0%, seguido do IPI, da COFINS, da CSLL e do PIS/PASEP, que apresentaram crescimentos de 10,9%, 5,2%, 1,0% e 0,1%, respectivamente.

No município de Ribeirão Preto, o total de R$ 561,992 milhões arrecadados representa um aumento de 2,8% no montante acumulado entre janeiro e março de 2017 frente à arrecadação de R$ 546,906 milhões acumulada ao longo do mesmo período do ano anterior. Assim como na região, a CSLL também registrou crescimento, de 9,2%, seguida pelo IRPJ, IRRF e COFINS que apresentaram aumentos de 5,2%, 2,1% e 0,8%, respectivamente. Já o IPI e o PIS/PASEP apresentaram quedas de 1,9% e 1,0%, nesta ordem.

O coordenador do Boletim e pesquisador do Ceper/Fundace Sérgio Sakurai destaca que a arrecadação de tributos federais registrada no Brasil em março deste ano foi a mais baixa dos últimos cinco anos, assim como a arrecadação acumulada de janeiro a março.

A queda de produtividade no setor de serviços é, segundo o pesquisador, um dos motivos da  baixa de arrecadação de tributos. De acordo com o IBGE, o setor de serviços apresentou em março de 2017 uma redução de 2,3% no volume de serviços prestados frente ao mês de fevereiro. “Essa baixa interrompe uma sequência de quatro meses de resultados não negativos”, aponta Sakurai.

No confronto com o mesmo mês de 2016, o setor apresenta queda de 5%, tendo acumulado no primeiro trimestre de 2017 um decréscimo de 4,6% em comparação ao mesmo trimestre de 2016.

Ainda segundo o IBGE, a produção industrial apresentou declínio de 1,8% entre fevereiro e março de 2017 logo após registrar um aumento marginal no mês de fevereiro. Por outro lado, quando comparado ao mesmo mês de 2016, a produção industrial apresentou um aumento de 1,1% após ter recuado 0,8% em fevereiro nesse mesmo tipo de comparação.  No acumulado de 2017, a indústria vem apresentando uma suave recuperação de 0,6% no volume produzido.

Conforme o IBGE, todas as grandes categorias econômicas na indústria apresentaram contração em março, com o pior resultado ficando para a queda de 8,5% na produção da indústria de bens de consumo duráveis, sendo este o maior recuo desde junho de 2015 (-13,2%). Na comparação com março de 2016, o setor de duráveis ainda apresenta o maior saldo positivo, com crescimento de 8,5%.

O setor produtor de bens intermediários interrompeu em março uma sequência de quatro meses consecutivos de expansão, fechando o mês com queda de 2,5%, mesmo valor apresentado pelo setor de bens de capital.

“Assim como no mês de março, o acumulado dos últimos 12 meses revela o mal momento da indústria, com contração em todos os setores, sendo que neste caso o destaque negativo segue com o segmento de bens de consumo duráveis, com encolhimento de 5,5%”, conclui Sakurai.

O Boletim Termômetro Tributário na íntegra pode ser acessado no site da Fundace através do link: https://www.fundace.org.br/_up_ceper_boletim/ceper_201705_00286.pdf

Ceper – O Centro de Pesquisa em Economia Regional foi criado em 2012 e tem como objetivo desenvolver análises regionais sobre o desempenho econômico e administrativo regional do País. Sua criação reúne a experiência de diversos pesquisadores da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto) da Universidade de São Paulo em pesquisas relacionadas ao Desenvolvimento Econômico e Social em nível regional, a análise de Conjuntura Econômica, Financeira e Administrativa de municípios e Gestão de Organizações municipais, entre outros. A iniciativa de criação do Centro foi dos pesquisadores Rudinei Toneto Junior, Sérgio Sakurai, Luciano Nakabashi e André Lucirton Costa, todos da FEA-RP/USP. Os Boletins Ceper têm o apoio do Banco Ribeirão Preto, Stéfani Nogueira Incorporação e Construção, São Francisco Clínicas, Citröen Independance e CM Agropecuária e Participações.

Fundace – A Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace) é uma instituição privada sem fins lucrativos criada em 1995 para facilitar o processo de integração entre a FEA-RP e a comunidade. Oferece cursos de pós-graduação (MBA) e extensão em diversas áreas. Também realiza projetos de pesquisa in company além do levantamento de indicadores econômicos e sociais nacionais regionais.