Novamente os fatores climáticos estão influenciando o aumento nos preços do feijão, item indispensável na mesa do brasileiro, que não tem a cultura em substituir a opção por outro grão e, com isso, contribui ainda mais com esse aumento de preços, quando a oferta do produto é menor no mercado. De acordo com o IPS – Índice de Preços dos Supermercados – de janeiro a maio de 2016 o feijão subiu 25,41%. Se considerados os últimos 12 meses (maio/2015 a maio/2016) a alta nos preços foi de 35,98%.
Conforme explicou o gerente de Economia e Pesquisa da APAS, Rodrigo Mariano, alguns consumidores e até restaurantes estão comprando o feijão preto, que apresentou um percentual de aumento menos agressivo que o tradicional feijão carioquinha, mais comum em São Paulo.
Para ajudar o consumidor, a APAS instrui os associados a mostrar alternativas para seus clientes como, por exemplo, evidenciar nas lojas os grãos substitutivos em valor nutricional, como lentilha, grão de bico, ervilha e soja. “Mais uma vez a palavra de ordem é substituir. O consumidor muitas vezes resiste às substituições de determinados produtos e isso contribui para o aumento dos preços, por isso a importância do papel dos supermercados em mostrar esses produtos nas gôndolas”, afirma Mariano.
Sobre a previsão quanto à queda nas vendas, o executivo enfatizou que a alta do preço está relacionada a fatores climáticos que prejudicaram a produção desse grão. Em algumas regiões por excesso de chuva e em outras pela estiagem. “O reflexo desse panorama deve perdurar por algum tempo ainda e, para o preço baixar, a oferta do produto precisa ser normalizada.
Sobre a APAS – A Associação Paulista de Supermercados representa o setor supermercadista no Estado de São Paulo e busca integrar toda a cadeia de abastecimento. A entidade tem 1.340 associados, que somam mais de 3.036 lojas.