Anvisa apura denúncias de frascos de vacina com doses a menos; Butantan diz que falha é na extração. ( A culpa nunca são deles)
Doria transformou um instituto que era orgulho paulista em um centro de politicalhas e atitudes suspeitas.
Profissionais de saúde envolvidos na vacinação contra a Covid-19, afirmam que o conteúdo nos frascos da CoronaVac são suficientes para a aplicação de nove doses, e não dez como estabelece o Instituto Butantan, responsável pela fabricação do imunizante no Brasil.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está apurando a suspeita de que lotes da vacina contra a covid-19 Coronavac tenham sido entregues entre março e abril com quantidade inferior à informada.
Quase a totalidade das denúncias se refere ao imunizante fornecido pelo Instituto Butantan, mas também há relatos envolvendo a vacina de Oxford.
A situação foi relatada por governos, prefeituras e conselhos de secretarias de Saúde de ao menos 15 Estados e do Distrito Federal.
A situação também é investigada pelo Ministério Público do Paraná, embora o Instituto Butantan negue falhas no envasamento do imunizante contra a covid-19 e atribua o problema à extração incorreta do conteúdo antes da aplicação.
Os relatos são de frascos com menos do que as 10 doses previstas, de 0,5 ml cada. Alguns municípios chegaram a informar ter recebido ampolas com material suficiente para apenas sete aplicações, o que gerou até mesmo a suspensão parcial de campanhas de vacinação.
Um dos possíveis motivos apontados por Estados foi a liberação do uso de ampolas de 5,7 ml em vez das de 6,2 ml, em março, diminuindo a quantia excedente de “segurança” e a dificuldade de acesso a seringas de “alta performance”, a fim de reduzir as perdas.
Na terça-feira, 13, o deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) divulgou ter procurado a Procuradoria Geral da República para solicitar a abertura de um inquérito para apurar a situação.
“É preciso investigar! Cada dose de vacina é importante”, disse em rede social.