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Resumo
O governo do presidente Lula (PT) optou por não retomar o horário de verão em 2024, conforme anunciado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A decisão se baseia no fato de que o impacto no consumo de energia este ano seria limitado, visto que o período mais crítico já está próximo do fim. No entanto, há a possibilidade de o horário de verão ser implementado novamente em 2025. Apesar dessa decisão, os consumidores seguirão pagando a tarifa vermelha até o final de 2024, devido ao acionamento das termelétricas para garantir a segurança energética. O governo avalia alternativas para o futuro, levando em conta as necessidades do sistema elétrico nacional.
Matéria Completa
Nesta quarta-feira, 16 de outubro de 2024, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que não irá retomar o horário de verão este ano. A decisão foi comunicada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que mencionou que o governo poderá considerar a medida para 2025. O argumento central foi que, para o ano de 2024, o tempo disponível para que o horário de verão surtisse efeito nos períodos de maior demanda energética já se esgotou. O ministro explicou que o período de 15 de outubro a 30 de novembro, quando ocorre o maior consumo de energia e os níveis dos reservatórios tendem a cair, já não pode ser beneficiado com a mudança de horário.
Silveira afirmou em coletiva à imprensa:
“Na última reunião com o ONS (Operador Nacional do Sistema), chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação de horário de verão para este ano. […] Temos condições de, depois do verão, avaliar a volta desta política para 2025.”
O ministro também se reuniu com diretores do ONS para discutir a segurança energética do país. No encontro, foi apresentado um relatório que apontou que o Brasil está preparado para enfrentar o período de estiagem sem comprometer o fornecimento de energia. Ainda assim, a tarifa de bandeira vermelha, que encarece a conta de luz, continuará em vigor até o final do ano. Esse encarecimento se deve ao acionamento das usinas termelétricas, necessárias para garantir o abastecimento de energia elétrica em períodos de menor geração pelas hidrelétricas.
O histórico do horário de verão no Brasil
O horário de verão, uma prática que consiste em adiantar o relógio em uma hora durante os meses de maior luminosidade, foi implementado pela última vez no Brasil em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Desde então, a medida foi suspensa, com o argumento de que não trazia benefícios significativos em termos de economia de energia.
A decisão de não retomar o horário de verão é respaldada por uma pesquisa do Datafolha, divulgada em 14 de outubro de 2024. O levantamento revelou que a população está dividida: 47% dos brasileiros são contra a volta da prática, enquanto outros 47% são a favor. Apenas 6% se mostraram indiferentes à questão.
Essa divisão de opiniões reflete o dilema enfrentado pelo governo: por um lado, há quem acredite que o horário de verão ajuda a economizar energia e traz benefícios para a economia, enquanto outros veem a medida como desnecessária e até prejudicial, uma vez que afeta a rotina das pessoas, especialmente nas regiões mais ao norte do país, onde a mudança de horário não traz grandes diferenças em termos de luminosidade.
Conclusão
A decisão do governo Lula de não retomar o horário de verão em 2024 reflete uma análise cuidadosa do cenário energético atual. Com a bandeira tarifária vermelha em vigor até o final do ano e a segurança garantida pelas termelétricas, o governo optou por aguardar e avaliar a possível adoção da medida para o ano seguinte. No entanto, a população brasileira continua dividida, e o debate sobre o horário de verão deve retornar em 2025.
💡 Lembre-se: Às vezes, as decisões mais sábias são aquelas que demandam paciência e análise cuidadosa. Persistir é o caminho para alcançar grandes conquistas!
Assinatura: Jornalista Aiello