Prefeitura recolheu 63 toneladas com acumuladores em Ribeirão Preto

Não, não são parentes do Cascão em uma tirinha de Maurício de Souza. Acumuladores juntam grande quantidade de coisas, geralmente em completa desordem.

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Prefeitura realiza ações em Ribeirão Preto / Foto: Alexandre de Azevedo

Em 2020, a Prefeitura Municipal, por meio do Comitê Intersecretarial de Atenção às Pessoas em Situação de Acumulação, realizou 12 ações de limpeza e apoio a acumuladores em Ribeirão Preto. Foi realizada uma ação por mês, com a retirada total de 67.350 kg de resíduos e materiais recicláveis das residências.

Segundo Kelly Cristina da Silva, coordenadora do Comitê Intersecretarial, três das 12 ações foram realizadas por amigos e familiares de acumuladores, com apoio e orientação dos órgãos públicos. “Uma experiência que deu muito certo e se mostrou positiva para todos os envolvidos”, declarou.

Os critérios adotados pelo Comitê para avaliar os casos e estabelecer prioridade de atendimento a acumuladores são o grau de risco à saúde, a idade da pessoa a ser atendida e a situação da residência. “Há casos em que mesmo a pessoa sendo mais jovem precisa ser atendida com urgência, devido à situação de risco da casa”, complementa a coordenadora.

Para 2021, a previsão é manter os atendimentos e também realizar uma ação por mês. Na próxima semana, o Comitê Intersecretarial de Atenção às Pessoas em Situação de Acumulação vai se reunir para definir a data da ação de janeiro.

Acumuladores Compulsivos

A acumulação compulsiva ou disposofobia (fobia em dispor das coisas), consiste na aquisição ou recolha ilimitada de objetos de pouca ou nenhuma utilidade, muitas vezes já deixados no lixo por outras pessoas.

O comportamento de acumulação compulsiva normalmente causa, para a pessoa que sofre da doença e para membros da família, prejuízo emocional, social, financeiro, físico e até mesmo legal.

Os acumuladores compulsivos juntam grande quantidade de coisas, geralmente em completa desordem, ocupando áreas excessivas da casa ou do local de trabalho que fazem falta às demais pessoas.

Nos casos graves o paciente começa enchendo um quarto de quinquilharias, depois outro, a sala, cozinha e logo não sobra espaço para mais nada na casa.

Prefeitura realiza limpeza em área de acumulador / Foto: Alexandre de Azevedo