O Ministério Público pediu à Polícia Civil que realize busca e apreensão na casa do vizinho da professora de música Alda Poggi Pereira, de 59 anos, suspeita de esfaquear e matar a filha, grávida de sete meses, na manhã de 25 de junho, em Ribeirão Preto (SP).
Segundo a investigação, o homem foi o primeiro a chegar à casa da família após o crime e conseguiu impedir Alda de se matar. Antes de tentar o suicídio, a professora também havia esfaqueado o neto de 4 anos. O menino foi socorrido e passa bem.
O promotor Marcus Tulio Nicolino também pediu que a polícia faça a reconstituição do crime, justificando que isso pode esclarecer a suspeita de que Alda mantinha um relacionamento extraconjugal com o vizinho, e ainda se esse fato motivou, de alguma forma, o ataque.
“Ela, em um primeiro momento, negou. Depois, admitiu que tinha um relacionamento com o vizinho. Ele nega. O marido disse que nunca soube de nada. As filhas também disseram que nunca desconfiaram de nada. Então, a gente ainda não sabe realmente o que a levou a fazer aquilo”, afirmou o promotor.
Alda permanece internada na ala psiquiátrica de um hospital em Jaboticabal (SP).
“Mesmo que ela não participe, o vizinho tem que explicar como chegou a casa, como tentou desarmá-la. Isso está muito nebuloso. Ele vai ter que demonstrar materialmente como foi isso, para ver se tem pertinência a versão que ele apresentou”, disse Nicolino.
Avaliação psiquiátrica
O promotor também pediu à Justiça que Alda seja examinada por médicos peritos, para comprovar se ela sofre, ou não, de algum tipo de transtorno psquiátrico.
“A gente ainda não sabe se ela teve um surto psicótico, ou se ela premeditou o crime. É muito importante, antes de falarmos sobre a motivação, esclarecer qual a situação mental dela. Se ela é louca, se não é, se sofre de esquizofrenia, ou não”, afirmou.
Alda afirma que não se lembra do dia do crime. mas imagens de cameras de seguranças mostram que horas antes de esfaquear a filha e o neto, a professora de música comprou combustível e as facas usadas.
“Se ela era sã mentalmente, a gente pode ter a possibilidade de ter premeditado o crime e, para premeditar, teria um motivo. Só que esse motivo ainda não está evidenciado. A polícia tem tempo para trabalhar com todas as possibilidades que ainda não ficaram esclarecidas”, afirmou o promotor.
O crime
Alda esfaqueou a filha, a professora Ligia Poggi Pereira, de 30 anos, enquanto dormia, na manhã de 25 de junho.
Lembre do caso aqui
O esposo de Ligia estava fora do Brasil e o enterro foi transferido