Apenas 2,8% da população em Ribeirão usa Bicicleta

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Estudo de mobilidade ur­bana feito pela Empresa de Trânsito e Transporte de Ri­beirão Preto (Transerp) con­firma que apenas 2,8% dos deslocamentos das pessoas, para trabalhar ou estudar, são feitos com bicicletas.
O núme­ro pequeno está diretamente relacionado à falta de estru­tura do município para incen­tivar o transporte alternativo e a integração com os ônibus.

Dados da própria Tran­serp confirmam que, atu­almente, a cidade possui menos de 6 km de ciclovias:
3,5 km na Via Norte, entre as Avenidas General Euclydes Figueiredo e Antonio e He­lena Zerrener, bem como 2,1 km à Avenida Henry Nestlé. Aos domingos, a ciclofaixa, também com 6km, interliga os Parques Prefeito Luiz Ro­berto Jábali e Dr. Luis Carlos Raya, através da Avenida Maurílio Biagi, das 7 às 13h.

Segundo Fernando An­tunes, gerente de Planeja­mento e Projetos da Transerp, com os recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC da Mobilidade), será pos­sível implantar mais 30 km de ciclovias nas avenidas Antonia Mugnato Marincek; Costábile Romano; do Café; Luzitana; Presidente Kennedy; Recife; Rio Pardo e Thomaz Alberto Whately, Caramuru e na in­terligação da Via Norte com o Distrito Empresarial.

”Já temos dois paraciclos (estacionamentos para bi­cicletas) na Estação Central e no Ribeirão Shopping. Com a ampliação, temos projeto para mais estas áreas que vão permitir que as pessoas an­dem um trecho de bicicleta e peguem o ônibus, depois o ca­minho inverso. O uso da bici­cleta como meio de transporte é conceito novo no Brasil, que aos poucos vai sendo amplia­do, temos projetos em anda­mento e futuros”,

comentou.

O gerente, que já traba­lhou na mesma área na ca­pital paulista, ressalta que é meta da Transerp incentivar o uso da bicicleta no municí­pio, como opção sustentável e segura de deslocamento.

”Todos os novos bairros e loteamentos são obrigados a implantar suas ciclovias desde 2010. Mas há desafios como a Avenida Meira Júnior ou a Francisco Junqueira onde a criação da ciclovia de­pende de estudos e adapta­ções, além das interligações”,

concluiu Antunes.

Dados da organização não governamental (ONG) ”Vá de Bike” destacam que a Holanda é o país onde mais se usa bicicleta como meio de transporte no mundo. Praticamente metade da população de Amsterdã re­aliza seus deslocamentos com bicicleta, em mais de 20 mil quilômetros de ciclo­vias espalhadas pelo país.
O Brasil, quinto maior país do mundo, tem menos de mil quilômetros de ciclovias.