Após 19 anos Cury é condenado a 9 anos mas sai pela porta da frente

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Em júri popular com quase 12 horas de julgamento no Fórum de Ribeirão Preto, o usineiro Marcelo Cury, foi condenado nesta quinta-feira (25) a 9 anos de prisão pelo assassinato de João Falco Neto, ocorrido no dia 5 de abril de 1997. Apesar da sentença, ele saiu pela porta da frente e vai responder em liberdade.

Ainda foi condenado por homicídio culposo de Marco Antônio de Paula e pela tentativa de homicídio de Sérgio Alberto Nadruz Coelho, cujas penas já prescreveram.

O promotor de acusação do Eliseu Berardo considerou “um deboche” um laudo apresentado pela defesa de Marcelo Cury no júri do caso, na tarde desta quinta-feira, 25.
Ele aponta que o documento preparado pelo perito Ricardo Molina é um “ato de má fé”, e que é o último recurso utilizado pela defesa depois de diversos recursos para adiar o julgamento.

“O Marcelo contratou os melhores profissionais, e por isso estamos aqui 19 anos depois. O Marcelo sempre teve crença na impunidade”, afirmou o promotor, que também não eximiu as vítimas de serem pessoas “briguentas”, como definiu.

Antes do julgamento familiares fizeram uma manifestação em frente ao fórum, mas com o resultado do julgamento não podem se dar por satisfeitos.

Embora o crime tenha ocorrido há 19 anos, Cury nunca havia sido julgado e conseguiu postergar o júri graças a manobras jurídicas. Foi defendido pelo ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos (1935-2014) e, atualmente, é cliente do escritório de Antônio Cláudio Mariz de Oliveira.

O promotor considerou a decisão “lamentável”. “E vai recorrer em liberdade, acredite se quiser”, disse.