A história é mais ou menos esta: a Secretaria da Cultura de Ribeirão Preto trouxe um homem e uma mulher de São Paulo para serem curadores do Sarp deste ano.
Estes, simplesmente, ignoraram os artistas visuais locais e regionais, montando uma exposição ligada apenas a grandes centros.
Os locais criaram, então, em reação, um movimento, que passou a se chamar UAI (União dos Artistas Independentes).
REIVINDICAÇÕES
A União dos Artistas Independentes – UAI, é um movimento formado por artistas de Ribeirão Preto e região que se organizou a partir do resultado do 43º Salão de Arte de Ribeirão Preto – Sarp.
Estamos pleiteando mais transparência nos editais e maior representatividade dos artistas do município dentro das instituições culturais, visto que este ano nenhum artista de Ribeirão Preto foi selecionado.
O que queremos:
1) Que a comissão da AMARP e os integrantes do UAI opinem na escolha do júri dos editais do MARP, garantindo que a democracia seja exercida em espaços institucionais e públicos;
2) Que um artista do UAI que não tenha se inscrito nos editais possa assistir às seleções dos editais do MARP, proporcionando maior participação da população nas escolhas feitas por órgãos vinculados à prefeitura;
3) Que as inscrições para os editais do MARP sejam online, seguindo a postura adotada pela maioria dos editais nacionais e internacionais;
4) Que haja algum tipo de feedback para os artistas inscritos nos salões, quer tenham sido selecionados, ou não;
5) Que uma parte do prêmio seja revertida para ajuda de custo entre todo os selecionados;
6) Que o espaço físico do MARP seja melhor ocupado para as exposições, incluindo: escadas, piso inferior, hall de entrada e fachada, além das salas expositivas convencionais;
7) Que uma parte dos artistas selecionados para o SARP e Programa de Exposições sejam de Ribeirão Preto e região, para que a produção local se articule com o que está sendo produzido em outros grandes centros, valorizando a arte nacional de maneira equilibrada;
8) Que haja duas exposições anuais no MARP exclusivas para artistas de Ribeirão Preto e região, a fim de criar um calendário artístico regional e estimular a produção local;
9) Que o museu proponha outras atividades de formação para artistas (já que os projetos educativos existentes não suprem as necessidades da classe);
10) Que o Programa de Exposição tenha maior número de artistas;
11) Melhor diálogo da direção do Museu com os artistas;
12) Autonomia dos programadores locais do SESC para receber e decidir sobre a programação de artes visuais de Ribeirão Preto, visto que a cidade é um grande centro e conta com uma vasta produção local, não havendo necessidade de todos os eventos de artes visuais serem vinculados à curadoria do SESC da capital;
13) Que o Sesc promova oficinas de longa duração de formação de artistas;
14) Ao menos uma exposição por ano de artistas de Ribeirão Preto e região no SESC, sem restrição de idade dos participantes.
15) Que voltem a acontecer os programas que contemplem todas as linguagens e propostas dos artistas da cidade, a saber: Sabart, Salão do Humor, Semana de Fotografia;
16) Que a Casa de Cultura volte a ter espaço expositivo à disposição dos artistas da cidade e região;