Para se ter uma ideia, segundo dados estatísticos, a chance de uma pessoa se envolver em um acidente aéreo é de 1 em 11 milhões, portanto é muito mais fácil ganhar na loteria.
Apesar de todas as estatísticas, o que importa mesmo são as sensações que sentimos quando entramos em um avião, pois neste momento deixamos para trás o nosso lado racional e deixamos fluir todo o nosso emocional.
Para ajudar no controle emocional, escrevi algumas dicas que devem ser seguidas para se controlar o medo de voar:
• Confie no fabricante da aeronave, pois todos seguem rigorosos processos nos projetos e testes, que podem durar até alguns anos para que as aeronaves sejam liberadas pelas autoridades aeronáuticas para a produção em série;
• Confie na manutenção e operação da companhia aérea, pois todas seguem os mais altos padrões de segurança, investindo em qualidade, tecnologia e treinamento de pessoal. Além disso, todos os processos de manutenção e operação são auditados e vistoriados todos os anos;
• Separe aquilo que você sente daquilo que você vê acontecer, pois as nossas sensações podem ser enganosas, muitas vezes não refletindo o que realmente está acontecendo. Para aquelas pessoas que sentem muito medo, procure um assento no meio, ponto de maior estabilidade do avião e quando possível mantenha a cortina da janela aberta;
• Não se preocupe com os ruídos que você ouve, pois os aviões têm inúmeros mecanismos eletromecânicos que são acionados constantemente e por isso emitem sons e ruídos esquisitos;
• Procure respirar profundamente, pois quando estamos com muito medo (ou em pânico) a sensação que sentimos é de que estamos com falta de ar, isso acontece porque não deixamos que toda a quantidade de ar necessária entre em nossos pulmões e possa oxigenar de maneira adequada o nosso cérebro. Quando estamos dentro de uma aeronave pressurizada – que voa a grandes altitudes – a quantidade de oxigênio disponível é um pouco menor do que em terra firme, o que pode piorar a sensação de medo ou pânico;
• Mantenha bons pensamentos, pois como é sabido pensamentos ruins são como formas de ondas energéticas deletérias que podem ser emitidas e absorvidas pelo nosso cérebro, podendo assim contaminar o ambiente onde estamos e portanto, aumentar a sensação de medo ou pânico geral;
• Além destas pequenas recomendações, indico a leitura de artigos e livros especializados, tal como o livro “Voar sem medo” do autor e Comandante Keith Godfrey, com tradução e adaptação de Ernesto Klotzel, editora Ediouro.
*Angelo Giordano Junior é especialista em aviação civil da AGQ Brasil, fundada em 2005, com sede em Belo Horizonte, que atua no mercado de certificações oferecendo consultoria, treinamento, auditoria e assessoria com foco em sistemas de gestão.
*Angelo Giordano Junior