A Prefeitura de Ribeirão Preto decretou situação de emergência por 180 dias
Para conter o novo coronavírus. O anúncio foi feito durante entrevista coletiva do prefeito Duarte Nogueira e secretário da Saúde, Sandro Scarpelini, no final da manhã desta quinta-feira, 19.
A medida estabelece o fechamento de:
cinemas, clubes, academias, clínicas de estética, boates, casas noturnas, bares, museus, centros culturais e atividades de saúde bucal e odontológica. Também foram proibidos todos os eventos públicos e privados de qualquer natureza entre 21 de março e 5 de abril, bem como a visitação a hospitais.
A partir desse sábado, 21, os shoppings também ficarão fechados até o dia 5 de abril, mas há possibilidade de prorrogar.
Entre os setores que não estão suspensos, estão as lojas do comércio tradicional de rua, restaurantes, bancos e demais comercio estabelecidos em ruas, mas deverão atender com até 50% de sua capacidade, velórios estarão liberados das 07 horas as 19 horas com até 10 pessoas por sala.
As igrejas também não estão incluídas no Decreto, em função da ‘liberdade de culto religioso’, prevista em Lei.
Confira lista das atividades que devem ser suspensas em Ribeirão Preto:
Qualquer evento público e privado, de qualquer natureza; Visitas a hospitais em pacientes internados e presença de acompanhantes em pronto atendimento, exceto nos casos previstos em lei; Cinemas, clubes, academias, clínicas de estética e outros tratamentos de beleza; Boates, casas noturnas, pubs, bares noturnos; Feiras, exceto feiras livres; Museus, teatros, casas de espetáculos, centros culturais, bibliotecas; Atividades de saúde bucal odontológica, exceto as de urgência e emergência.
Veja quais são as exceções do decreto:
Estabelecimentos médicos, farmacêuticos e psicológicos; Laboratórios de análises clínicas; Clínicas de fisioterapia, Clínicas de vacinação; Empresas distribuidoras de gás; Postos de combustíveis; Serviços de entrega a domicilio; Hipermercados, supermercados e congêneres.
O QUE OCORRERÁ NO MERCADO DE TRABALHO?
Com a situação de emergência por 180 dias, os varejistas e empreendedores precisarão dispensar as equipes de trabalho. é possível a a flexibilização de salários e jornada, entre outras alterações na legislação vigente, mas isso pode não ser suficiente, uma vez que as operações não funcionarão, ou seja ocorrerão dispensas em massa.
Suspensão de contratos de trabalho
Outra hipótese é a suspensão de contratos, mencionada pelo ministro Paulo Guedes como uma alternativa nesse momento. Nessa situação, o funcionário ficaria em casa, com o emprego preservado, mas sua renda seria paga pelos recursos do seguro desemprego. MAS, com a reforma trabalhista, o empregado só pode ter acesso ao seguro desemprego 18 meses após ter recebido o anterior.
Ribeirão Preto, é uma cidade que sobrevive de comercio e serviços, com esta decisão, não teremos mortes por coronavírus, mas o caos social, aumento da violência e casos extremos de desespero podem acontecer.
Mandar fechar tudo, quando se tem um bom salário garantido é fácil, agora o que farão os empregadores com seus custos fixos como aluguel, agua, luz, internet e salários?
Como ficarão os desempregados que tem seus custos fixos mensais, mantidos por seus salários?
Alguém tem a solução?