Sindicato participa de reunião para discutir o futuro da UBDS Central

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Na tarde de ontem (6) representantes do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis estiveram na Câmara Municipal, a convite do vereador Marcos Papa, para reunião que discutiu o futuro da UBDS Central diante da proposta do governo municipal de fechar os atendimentos de urgência e emergência e tornar o local um Ambulatório Médico de Especialidades (AME).

Vereadores, funcionários do posto, usuários e lideranças de bairros também estiveram presentes na discussão, que analisou as possíveis consequências da medida anunciada pela prefeitura na última sexta-feira (2).

“O prefeito prometeu construir três AMEs e não desalocar unidades já existentes. Sei que a intenção é zerar a fila de espera para consultas, mas isso não pode ser feito prejudicando o atendimento já oferecido à população”, explicou Débora Alessandra, diretora da seccional da saúde do Sindicato.

Durante o encontro questões como a realocação dos pacientes que hoje são atendidos pela UBDS, a falta de um pronto-atendimento na região central da cidade, a logística do trânsito naquela região e até mesmo a estrutura de funcionamento de uma AME foram levantadas e ainda necessitam de esclarecimento. Segundo o vereador Bertinho Scandiuzzi, presidente da Comissão Permanente de Saúde da Câmara, o secretário de Saúde do município, Sandro Scarpellini, vai até o plenário no próximo dia 27 para tentar justificar a ação do governo.

O Sindicato é claro em sua posição, não é contra a abertura do AME, pelo contrário, acredita que a chegada desse ambulatório à cidade vai beneficiar muito a população e vai ajudar na diminuição da fila de espera por consultas com especialistas. Porém, é inadmissível o fechamento de uma unidade de saúde em favor da instalação do centro ambulatorial.

“Quando se trata de saúde, nenhuma solução é simples. É preciso considerar cada possível desdobramento da situação e, principalmente, como as medidas tomadas vão impactar na vida da população”, destacou o presidente do Sindicato, Laerte Carlos Augusto.

O Sindicato continua acompanhando os desdobramentos da situação e segue apoiando o servidor contra o fechamento da unidade. A entidade também já encaminhou ofício à Secretaria Municipal da Saúde, solicitando audiência para discutir o caso.

 

Posicionamento oficial do Sindicato

Sindicato é contra fechamento da UBDS Central e terceirização da UPA Sumarezinho

O Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis é contra o fechamento da Unidade Básica e Distrital de Saúde (UBDS) Central por pelo menos três motivos. Abaixo as razões que levaram o Sindicato a se posicionar contrário ao fechamento da UBDS Central.

1 – O fechamento de um posto de atendimento médico melhor posicionado geograficamente na cidade inteira, pois de qualquer parte da cidade é possível o acesso com apenas um ônibus;

2 – Com o fechamento do “Pronto Socorro Central” e a abertura de um Ambulatório Médico de Especialidades (AME), promessa de campanha do governo municipal, Ribeirão Preto chamará ainda mais a responsabilidade para si dos atendimentos médicos para pacientes da região;

3 – O que o governo municipal quer com tal atitude é terceirizar serviços na implantação de uma UPA no bairro Sumarezinho, no conhecido “Posto Cuiabá”, e a entidade é contra qualquer tipo de terceirização.

São pelo menos três motivos para a entidade que representa os servidores municipais se posicionar contra proposta do governo. O Sindicato ainda esclarece que não é contra o atendimento de pacientes da região em nossa cidade, porém a entidade entende que o atendimento a essas pessoas é de responsabilidade do Governo do Estado e que a demanda nos atendimentos municipais já é grande o bastante para a capacidade do município.

O Sindicato ainda informa que a demanda de atendimentos municipais já é superior à capacidade estrutural e de mão de obra existentes na cidade, e que o fechamento de uma unidade de saúde tão importante só prejudicará ainda mais os profissionais de outras unidades que serão ainda mais sobrecarregados, e a própria população que perderá uma referência no atendimento à saúde.

Para finalizar, a entidade se posiciona veementemente contra a tentativa do governo municipal de querer terceirizar os serviços que serão prestados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Sumarezinho. O fortalecimento da saúde em nosso município passa por investimentos em mão de obra (contratação de profissionais concursados) e na expansão de locais de atendimento e não no fechamento de unidades.