Ribeirão Preto esta em alerta com aumento de casos de dengue

Foram confirmados 876 casos da doença na cidade; a população precisa se conscientizar e combater os focos de criação

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foto arquivo

A Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto convocou uma coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira, dia 3, para alertar a população sobre o risco de uma escalada nos casos de dengue neste ano. Dados atualizados revelam que, em janeiro de 2020, foram confirmados 876 casos de dengue na cidade.

Levantamento realizado pelo Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde mostra que, em comparação ao mesmo período de 2019, quando foram registrados 259 casos da doença, houve um aumento de 238,22% nos casos de dengue.
No último sábado, a morte por suspeita de dengue de uma criança de 10 anos foi registrada.

“É uma tristeza para todos nós. Estamos todos consternados. Não temos ainda o diagnóstico da morte dessa criança, não temos ainda certeza se ela morreu dengue, ela pode ter outra comorbidade que se agravou com o quadro de dengue. Só teremos certeza quando tivermos todos os resultados dos exames”, declarou Sandro Scarpelini, secretário de Saúde.

A pasta informou que a criança foi atendida na UBDS da Vila Virgínia durante a última semana e encaminhada para internação na Unidade de Emergência do HC (HC-UE) no dia 31 de janeiro, onde permaneceu hospitalizada e veio a falecer.


“Mais uma vez estamos aqui para pedir ajuda da imprensa na divulgação do aumento do número de casos e pedir que a população mantenha as casas limpas, porque estamos com índice de infestação alto, estamos com índice de bretaux altíssimo”, alertou Scarpelini.

Após a coletiva, o Secretário de Saúde e a equipe de Vigilância em Saúde receberam os pais da criança.

Ações
A Secretaria da Saúde intensificou as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti e está trabalhando além do fluxo normal para combater a proliferação do mosquito.
As ações, desenvolvidas durante todo o ano pelas equipes de Agentes de Combate às Endemias espalhadas pela cidade, consistem em visitas diárias em residências, comércio e indústria, com trabalho de nebulização, identificação de focos (água parada e objetos potenciais) positivos para proliferação do mosquito transmissor da doença, orientações à população e ações educativas em escolas.

Em janeiro de 2020, já foram realizadas 40.539 vistorias em imóveis residenciais, comerciais e em pontos estratégicos da cidade, com identificação e eliminação de 3.488 focos do mosquito, como garrafas descartáveis, calhas, tampas, recipientes, material de construção civil e piscinas, entre outros. 

Durante os arrastões de limpeza, também promovidos todos os sábados do segundo semestre de 2019, já foram recolhidas mais de 126 toneladas de criadouros do mosquito, entre elas, mais de cinco mil pneus. Durante as visitas porta a porta, foram encontrados e eliminados mais de 2.200 focos do mosquito.

Os arrastões continuam sendo feitos e durante sua realização já foram visitados aproximadamente 80 mil imóveis. Durante o ano inteiro, as equipes de Agentes de Combate a Endemias visitaram mais de 700 mil imóveis.
Foram recolhidas também, por meio do serviço da Coordenadoria de Limpeza Urbana, o Cata-Trecos, quase 500 toneladas de entulhos. Já a Secretaria de Infraestrutura limpou 22 mil bocas de lobo, das 35 mil existentes na cidade, e retirou, até o momento, 4.400 toneladas de lixo.

Também foram retirados, em mutirões, 5.398 pneus e outros materiais potenciais que acumulam água e se transformam em criadouros do mosquito.


“As ações estão sendo feitas diariamente e se nós não conseguirmos segurar o crescimento do mosquito nos próximos meses, é possível que tenhamos uma epidemia ainda maior que a do ano passado, fato que está ocorrendo em outras cidades do estado de São Paulo e do Brasil”.

Chikungunya, zika vírus, microcefalia e febre amarela e gripe H1N1, Sarampo

Já para a chikungunya, não houve nenhum caso confirmado da doença em janeiro de 2020. Também não foi notificado nem investigado nenhum caso de zika vírus em Ribeirão Preto no período.
Casos de microcefalia ou outras alterações neurológicas possivelmente relacionadas à infecção pelo zika vírus também não foram registrados em janeiro de 2020.
De acordo com o Boletim Epidemiológico, não houve registro de febre amarela em novembro deste ano.  Desde 2016 não há registro de casos da doença em Ribeirão Preto.
Com relação à Síndrome Respiratória Aguda Grave (gripe causada pelo vírus Influenza), não foi confirmado nenhum caso em janeiro de 2020. No período, também não foi confirmado nenhum caso de sarampo em Ribeirão Preto.
O Boletim Epidemiológico está disponível na página da Prefeitura (WWW.ribeiraopreto.sp.gov.br).