O Ministério da Saúde informou ter recebido mais de 1 milhão de acessos simultâneos no momento da abertura das inscrições para o novo edital do Mais Médicos, “volume característico de ataques cibernéticos”.
Segundo a pasta, esse volume é “mais que o dobro do número de médicos em atuação no país”. Nas redes sociais, médicos têm relatado dificuldades para fazer o cadastro desde 8h desta quarta-feira (21). A página do programa Mais Médicos, por exemplo, não é nem sequer carregada.
A corrida de médicos para as inscrições se explica porque, para agilizar o processo, profissionais podem selecionar e confirmar a vaga que desejam ocupar já no momento de inscrição. Conforme forem sendo preenchidas, as vagas deixam de ser disponibilizadas no sistema.
A medida representa uma mudança no modelo de seleção do Mais Médicos, que até então previa a possibilidade de cada médico selecionasse mais de um município de seu interesse, para só depois ter a vaga confirmada. “Se uma cidade tiver dez vagas, os dez primeiros que acessarem atenderão ao número de unidades, e essa cidade não aparecerá mais para o 11º”, disse o ministro Gilberto Occhi (Saúde).
“O que estava sendo feito no passado é que abre-se uma inscrição e 100 pessoas querem uma vaga só. Pela premência e urgência que esse fato requer, vai ser chamado imediatamente”, completou o ministro, ao lançar o edital no início da semana.
Ao todo, são ofertadas 8.517 vagas, distribuídas em 2.824 municípios e 34 DSEIS (distritos sanitários especiais indígenas). Até então, essas vagas eram ocupadas por médicos cubanos, que deixarão o programa após o anúncio do fim da participação de Cuba no Mais Médicos.