Jovem morta com suspeita de H1N1 havia procurado ajuda médica

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Sara Tavares Ferreira, de 21 anos, morreu no último sábado, 2, com um quadro de pneumonia, e sob suspeita de ter contraído o vírus H1N1.

Segundo Bruna Tavares, irmã da vítima, Sara havia procurado ajuda médica na quinta-feira, 28, alegando dores de garganta e febre alta. Em um texto compartilhado no Facebook, Bruna relembra o caso.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

“Devido ao grande número de mensagens de repórteres querendo informações sobre o falecimento da minha irmã, resolvi postar aqui porque é muito difícil num momento tão delicado como este ter que ficar respondendo a tantas pessoas sobre o ocorrido.

Minha irmã, Sara Tavares Ferreira foi ao médico na quinta-feira de manhã com dor de garganta e febre de 40 graus. Como de praxe do atendimento público, o médico que atendeu ela olhou sua garganta de longe, sentado em sua cadeira e disse a seguinte frase: “nossa a coisa esta feia aqui”. Receitou antibióticos e a mandou p casa.

No mesmo dia minha mãe retornou no final da tarde com a minha irmã no posto de saúde, pois ela estava com dor no lado direito do corpo abaixo do peito e com febre. O médico aplicou um remédio na veia dela, disse qie ela estava com dor no estômago por conta dos antibióticos que havia receitado e que não era para ela voltar mais no médico porque a dor ia continuar por mais 3 dias.

Na madrugada de quinta para sexta ela passou muito mal com falta de ar, minha mãe levou ela ao hospital de novo e ai dessa vez o médico que a atendeu tirou raio-x e viu q ela estava com pneumonia.

Nessa última consulta foi constatado tambem que ela tinha diabetes (não sabíamos) e a glicemia estava 570.
Transferiram ela pata santa casa e depois disso só tivemos notícias da minha irmã por volta das 13h quando ligaram pedindo p os pais ir até o hospital.

Lá informaram q o caso era grave, que ela havia sido entubada e estava em coma induzido pois ela estava com muita dificuldades de respirar e que estava com suspeita de h1n1, e que ela iria p o CTI.

Ficamos o resto do dia sem notícias, por volta das 17h uma assistente social disse apenas que os médicos estavam todos com ela e que iriam subir com ela p o CTI. Depois uma outra pessoa (acho que enfermeira) disse q não sabia como ela estava e que era pata ligarmos na sexta por volta das 11:30h para sabermos notícias.

Umas 10:30h ligaram pedindo para comparecer ao hospital e informaram que ela havia falecido.

Ela faleceu devido ao choque séptico proveniente da pneumonia lobar à direita (conforme consta no laudo médico)
O resultado do exame para confirmar se ela estava com h1n1 sai somente daqui 30 dias.

O que aconteceu com a minha irmã não é nenhuma novidade, é o que acontece diariamente com o povo brasileiro que depende de atendimento público.

Sobre o vírus h1n1, é apenas uma SUSPEITA e se tem algum protocolo a ser feito mesmo quando há apenas uma suspeita eu e minha família ainda não fomos informados.
Se houve negligência médica queremos sim que providências sejam tomadas, mas não queremos processar ninguém porque isso não trará minha irmã de volta.

Queremos apenas que os responsáveis sejam punidos para que o mesmo não aconteça com outras pessoas.
O que eu e minha família queremos é o que o país inteiro quer, que isso não se repita com mais ninguém e que possamos ter um atendimento médico desceste condizente com todo o dinheiro que é arrecadado para isso.
Minha família esta muito abalada, não queremos dar entrevista. Isso é tudo o que temos para falar.”

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