O secretário-executivo do Ministério da Saúde, general Eduardo Pazuello, e o ex-ministro Osmar Terra são cotados para assumir o posto de Nelson Teich, que pediu demissão nesta sexta-feira.
Um terceiro nome, de um almirante do Rio de Janeiro, também tem sido cogitado.
Bolsonaro pretende colocar no comando da Saúde alguém que assine uma recomendação da pasta para que o medicamento seja administrado desde os primeiros sintomas da doença.
Nos últimos dias, Pazuello passou a indicar que acataria, sem qualquer resistência, a orientação do mandatário do Palácio do Planalto.
Diante da fragilidade de Teich, o general passou a atuar nos bastidores, assumindo funções que estavam sob a alçada do ministro.
Neste contexto, o nome do ex-ministro Osmar Terra ganharia pontos.
Há a avaliação de que ele tem mais potencial de comunicação para levantar a bandeira de Bolsonaro a favor da cloroquina do que um militar. O governo entende que a guerra, agora, é de narrativa.
A escolha do nome de Pazuello como número dois do Ministério da Saúde se deveu ao sucesso que teve à frente da Operação Acolhida, dedicada a receber imigrantes venezuelanos em Roraima, na qual atuou até dezembro do ano passado, quando foi promovido comandante da 12º Região Militar. Lá, era o general quem pilotava toda logística dos abrigos e viagens de interiorização dos imigrantes.
Médico, Osmar Terra foi ministro da Cidadania no governo de Jair Bolsonaro. Ele foi ministro de Desenvolvimento Social na gestão de Michel Temer. Deixou a pasta para disputar um novo mandato de deputado federal e foi reeleito.